Os Estados Unidos já apresentaram um plano de ocupação do Líbano, dizem fontes do governo daquele país à rede CNN. O plano, apresentado na segunda-feira ao primeiro-ministro libanês, prevê a mobilização de 40 mil soldados no Líbano. Americanos e diplomatas dizem que os libaneses não gostaram do plano e por isto o estão vazando para a imprensa.
Ele nada tem a ver com cessar-fogo. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse nesta terça-feira que Israel continuará a lutar contra o Hezbollah, mencionando a adoção de "medidas severas" contra o grupo. Olmert fez o anúncio ao se encontrar com a secretária Condoleezza Rice em Jerusalém.
- Israel está determinado a continuar na luta contra o Hezbollah. Vamos pará-los. Não hesitaremos em tomar medidas severas contra aqueles que estão mirando milhares de foguetes e mísseis contra civis inocentes com o único propósito de matá-los - disse o primeiro-ministro.
Segundo o "Jerusalem Post", Olmert reconheceu o que chamou de "dificuldades humanitárias" causadas pela campanha de Israel no Líbano e afirmou que trabalhará com os Estados Unidos para tentar resolver alguns desses problemas.
Por sua vez, o governo do Líbano pedirá , na Europa, um cessar-fogo.
Em Israel, o ministro da Defesa, Amir Peretz, informou que o país não tem outra opção a não ser manter uma zona de segurança no sul do Líbano, até que uma força multinacional de paz possa assumir o controle da região.
A Europa afirma que, sem contingentes da União Européia , tal força de paz seria inviável.
Este é um dos temas da reunião que acontecerá na quarta-feira em Roma. Israel, Síria e Irã não foram convidados.
Ainda em sua turnê pelo Oriente Médio, a secretária Condoleezza Rice também pediu um cessar-fogo, mas sob certas condições.
- Precisamos assegurar que não retornaremos à situação anterior - disse ela. - Por isto temos falado, juntamente com o presidente [George W.] Bush, em um fim duradouro da violência que de fato tornaria a situação da segurança melhor do que era antes.
Na noite de segunda-feira, Condoleezza se reuniu com a chanceler de Israel, Tzipi Livni , e disse que impedir uma crise humanitária no Líbano é objetivo da maior importância.
Também falaram sobre a importância de haver um corredor humanitário, prometido por Israel, para que estrangeiros sejam retirados do Líbano e ajuda humanitária entre no país. Agências da ONU, porém, reclamam do bloqueio e da falta de segurança para que a ajuda chegue ao Líbano.
Por ora, a maior ajuda anunciada é a do rei saudita Abdullah . Ele promete um pacote de US$ 1 bilhão.
A chanceler israelense disse que o país só concorda com um cessar-fogo que inclua a libertação dos dois soldados que o Hezbollah seqüestrou no dia 12 deste mês, a desmobilização do Hezbollah e o envio de uma força militar do Líbano para o sul do país, junto à fronteira com Israel.
A reunião com Olmert acontece um dia depois de Condoleezza Rice ter se reunido com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, na qual foi, segundo CNN, apresentado o plano de ocupação.
Ela também se reuniu com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, nesta terça-feira. Defendeu a criação do estado palestino.
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