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Dmitry Medvedev é um forte aliado do presidente russo, Vladimir Putin
Dmitry Medvedev é um forte aliado do presidente russo, Vladimir Putin| Foto: EFE/EPA/EKATERINA SHTUKINA / SPUTNIK / GOVERNMENT POOL MANDATORY CREDIT

Por meio de uma mensagem enviada nesta quinta-feira (14) no aplicativo Telegram, o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, um forte aliado do atual líder do país, Vladimir Putin, apresentou os detalhes da chamada “Fórmula de Paz Russa”, que impõe condições severas para o fim da invasão de seu país à Ucrânia.

Segundo a mensagem, Medvedev propõe uma “fórmula de paz” que exigiria a rendição “incondicional de Kiev”, o pagamento de “todas as compensações devidas à Rússia”, a "eleição de um novo parlamento" e a anexação de todo o território ucraniano, por meio de um reconhecimento de que ele pertence à Rússia, como premissas para que o Kremlin “cesse as hostilidades”.

Medvedev, que também é vice-presidente do Conselho de Segurança russo, descreveu a proposta como “realista e humana para todos”, apesar de suas demandas completamente extremas.

A “fórmula russa”, que incluiria a admissão da derrota por parte da Ucrânia, também passaria pela perda de sua personalidade jurídica internacional e a proibição do país de se unir a alianças militares, como a OTAN, sem o “consentimento da Federação Russa”.

A Ucrânia também deveria passar por um processo de “desnazificação”, de acordo Medvedev, com as forças internacionais, sob controle da ONU, que deveria reconhecer o atual governo ucraniano como "nazista", tendo que contribuir para esse processo.

O Parlamento provisório, que seria “eleito” a partir de um novo pleito após a rendição ucraniana, teria a tarefa de “aprovar uma lei estabelecendo um procedimento de indenização pelos danos causados às regiões da Rússia”, bem como aos “cidadãos feridos e às famílias dos russos mortos”.

Medvedev acrescentou que esse seria um “plano de paz suave” da Rússia e um “compromisso aceitável”.

"Esta é a suave ‘Fórmula Russa de Paz’. Afinal, esta é uma posição de compromisso, não é? Acredito que seguindo-a, podemos chegar a um consenso amigável com a comunidade internacional, incluindo o ‘mundo anglo-saxão’, e conduzir cúpulas produtivas, contando com a compreensão de nossos amigos próximos, ou seja, nossos parceiros ocidentais”, afirmou ele na mensagem.

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