Peritos internacionais e funcionários da área de planejamento do governo haitiano estão correndo para apresentar um plano básico para reconstruir o Haiti depois que um terremoto devastou o país deixando aproximadamente 300 mil mortos.

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Uma equipe de 150 haitianos e 90 peritos internacionais vai apresentar o plano ao governo na sexta-feira, disse Doekle Wielinga, o especialista do Banco Mundial que ficou responsável pela reconstrução após o desastre.

O documento será então avaliado em uma reunião internacional de peritos técnicos na República Dominicana no dia 16 de março antes de uma conferência de doadores em Nova York no dia 31 de março.

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"Estamos definindo quais vão ser as necessidades para a reconstrução e a recuperação," disse Wielinga à Reuters.

"É a primeira vez que fazemos uma avaliação de necessidades pós-desastre e temos o envolvimento da comunidade internacional inteira," disse Wielinga, acrescentando que comunidades haitianas fora do país também estavam sendo consultadas.

Uma das grandes questões é a abrangência da reconstrução e se o status quo econômico que existia antes do desastre deve ser reinstituído.

O Haiti é o país mais pobre das Américas. Sua sociedade se reparte em uma pequena elite, uma pequena classe média e uma grande maioria que ganha apenas alguns dólares por dia.

Além disso, vários haitianos em entrevistas realizadas no sábado expressaram desconfiança em relação ao governo .

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"Nunca tivemos a impressão de o governo está do nosso lado, nunca," disse Florence Romain, uma engenheira civil.

O plano vai abordar oito áreas da reconstrução inclusive educação, moradia, telecomunicações, transporte e energia. Um aspecto importante será como lidar com a eficiência do governo e a recuperação macro-econômica.

Outra parte do plano vai buscar maneiras de melhorar o setor agrícola e oferecer uma alternativa de sustento para milhares de pessoas que fugiram da capital, que estava sobre ocupada antes do terremoto.

Ao mesmo tempo haverá um foco especial na preparação para as tempestades e os furacões que regularmente assolam o país - além de haver um plano de emergência para o caso de outro terremoto.

O plano olharia para o que se pode fazer num período inicial de seis a 18 meses, depois delineará objetivos para os próximos três anos e finalmente para um período de dez anos. A idéia é financiar o primeiro período com o dinheiro levantado na conferência de doadores.

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