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O plano de “infraestrutura” de Biden desaceleraria a economia nos EUA

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O presidente dos EUA, Joe Biden, apresentou seu plano de infraestrutura nesta quarta-feira (Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP)

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O governo de Joe Biden divulgou na quarta-feira (31) os detalhes da primeira parte de seu mais recente plano de enormes gastos.

Embora Biden esteja promovendo o plano como uma forma de criar empregos por meio de projetos de infraestrutura, sua combinação de aumento de impostos e planejamento central deixaria o país mais pobre e disfuncional.

Surpreendentemente, esses mais de US$ 2 trilhões em gastos e US$ 400 bilhões em subsídios fiscais cobrem apenas parte de uma lista de desejos cada vez mais radical. A Casa Branca anunciará os detalhes da segunda parte do plano, focada em programas de bem-estar, em algumas semanas.

O governo dos EUA pagou pelos US$ 6 trilhões em auxílios, “estímulos” econômicos e resgates politicamente motivados, durante a crise da Covid-19 no último ano, aumentando a dívida nacional.

Em contraste, o novo plano de Biden propõe aumentos de impostos para empresas e investidores como meio de promover uma grande expansão do poder federal.

Considerando que a recuperação econômica durante a pandemia ainda é frágil, a última coisa de que precisamos é de aumentos de impostos que desestimulem os investimentos do setor privado e nos tornem menos competitivos nos mercados globais.

Os cortes de impostos de 2017 proporcionaram enormes benefícios aos americanos em toda a escala de renda. Em vez de continuar o sucesso pró-crescimento da reforma tributária, o plano Biden iria destruí-lo.

Em vez disso, o plano recicla ideias ruins do governo Obama e as amplia. Por exemplo, o plano usa 15 anos de receita tributária para pagar por apenas oito anos de gastos, semelhante a truques orçamentários que faziam parte do Obamacare.

Mais importante, o plano vislumbra que apenas um governo federal maior tem condições de resolver os problemas da nação e criar empregos. Porém, o pacote de “estímulo” do ex-presidente Barack Obama em 2009 foi um fracasso na criação de empregos porque os gastos federais em infraestrutura são lentos e perdulários e servem para afastar trabalhadores qualificados dos empregos privados no setor de construção.

Outro artifício reciclado no qual o plano se baseia é o de esconder provisões de gastos oportunistas por trás de uma palavra popular.

Apenas algumas semanas atrás, o Congresso aprovou um pacote de US$ 1,9 trilhão que os legisladores rotularam de “Alívio Covid-19”, apesar do fato de que os gastos com saúde representaram menos de 10%.

Agora vemos a palavra “infraestrutura” implantada como um escudo, porque a maioria de nós associa o conceito a estradas e pontes em que dirigimos todos os dias. Na realidade, porém, apenas cerca de 5% do plano Biden (US$ 135 bilhões do total de US $ 2,25 trilhões) iria para estradas e pontes.

Em vez disso, o plano gastaria mais em subsídios para veículos elétricos (que beneficiam famílias mais ricas), bem-estar corporativo e outras coisas totalmente não relacionadas à infraestrutura, como benefícios de saúde e programas de treinamento profissional com um longo histórico de fracasso.

No transporte, o plano de Biden segue o Green New Deal, proposta da extrema esquerda, ao alocar mais recursos em modais de transporte como transporte público e a Amtrak (empresa estatal federal de transporte ferroviário de passageiros dos Estados Unidos), do que em rodovias e pontes. Isso, apesar do fato de que o transporte público e a Amtrak já são fortemente subsidiados e representam uma pequena parcela do total das viagens.

Esse plano não apenas prejudicaria a economia e desperdiçaria quantias inimagináveis ​​de dinheiro dos contribuintes, mas também causaria danos permanentes à nossa democracia.

Ao decretar programas federais para microgerenciar responsabilidades estaduais, locais e do setor privado, como água potável, internet, habitação, prédios escolares e rede elétrica, Washington teria controle demais sobre muitas coisas.

Fazer isso em um momento em que o governo federal já é grande demais para ser supervisionado pelo Congresso, e está crescendo mais rápido do que podemos pagar, é uma receita para disfunção e governança irresponsável.

Muitos objetivos do plano de Biden seriam mais bem alcançados tirando o governo do caminho, em vez de entregar mais poder e dinheiro ao Congresso e aos burocratas federais.

Por exemplo, poderíamos ter melhores estradas e pontes usando os gastos existentes, livrando-nos da burocracia federal que faz com que os projetos de construção demorem mais e custem mais. A desregulamentação e outras reformas fiscais podem ajudar as empresas e criar empregos permanentes em todo o país. Reformas locais para impulsionar o desenvolvimento residencial melhorariam a acessibilidade das moradias muito mais do que centenas de bilhões em gastos federais.

Apesar das grandes promessas em torno deste último pacote de gastos de multitrilhões de dólares, os americanos deveriam reconhecer que o plano causaria um dano tremendo à economia e ao nosso sistema básico de governo.

O Congresso deve evitar apoiar cegamente a agenda extrema que o plano do presidente Biden representa.

*David Ditch é pesquisador associado especializado em orçamento e política de transporte na Heritage Foundation.

© 2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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