O governo de Barack Obama começou a analisar uma possível troca de espiões com a Rússia já em 11 de junho, bem antes das prisões de 10 supostos agentes russos nos Estados Unidos, afirmou um alto funcionário do país nesta sexta-feira.
Detalhes sobre os fatos que antecederam a maior troca de espiões entre Rússia e Estados Unidos desde a Guerra Fria foram divulgados horas depois de os dois países intercambiarem agentes na pista do aeroporto de Viena.
Os órgãos norte-americanos encarregados da aplicação da lei informaram funcionários da Casa Branca em fevereiro pela primeira vez sobre o acompanhamento já há um longo tempo de atividades secretas de russos, e o presidente Barack Obama foi posto a par dos fatos em 11 de junho, disse o funcionário.
Nesse dia foi levantada a possibilidade de uma troca de espiões, entre outras opções, afirmou.
O governo norte-americano reuniu então uma lista de quarto nomes para propor que a Rússia libertasse em troca dos russos presos em 27 de junho.
A conclusão dramática do escândalo de espionagem surgiu depois que o acordo foi firmado com a aprovação de Obama e do presidente russo, Dmitry Medvedev, ambos interessados em não prejudicar as relações entre seus países.