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A chegada da plataforma petrolífera britânica às Ilhas Malvinas, prevista para hoje, pode agravar os atritos entre os governos da Argentina e do Rei­­no Unido. Os ingleses desafiam o decreto da presidente Cristina Kirchner, pelo qual as embarcações estrangeiras estão obrigadas a pedir autorização prévia ao governo para atracar em portos argentinos ou navegar em suas águas territoriais.

Segundo a imprensa britânica, "o ponto de conflito nas Mal­­vinas se encontra na irritação argentina de como se move a plataforma inglesa de petróleo", conforme destacou o jornal Dai­­ly Mail.

O conflito, no entanto, é anterior à iminente exploração de petróleo no arquipélago ocupado pelos ingleses desde 1833, pelo qual a Argentina foi à guerra em 1982 e perdeu. A soberania pelas ilhas, que os ingleses cha­­mam de Falklands, é reivindicada pelo estado argentino, por considerá-las parte de seu território.

Negociação

Cristina Kirchner quer que a Organização das Nações Unidas (ONU) interceda no conflito e obrigue o Reino Unido a sentar-se para negociar a soberania do arquipélago. O chanceler argentino, Jorge Taiana, se reunirá com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na próxima quarta-feira, em Nova York, para pe­­dir que o organismo faça valer a resolução, votada durante o fim da guerra entre os dois países, que determina que a Grã-Bre­­ta­­nha e a Argentina instalem uma instância de diálogo sobre o as­­sunto. Antes, no México, du­­ran­­te reunião do Grupo Rio, no fim de semana, Taiana pedirá res­­paldo em sua cruzada.

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