Os argentinos de 18 a 70 anos foram obrigados a ir às urnas neste sábado para votar pela segunda vez em uma primária. A eleição definirá quais candidatos irão concorrer a uma vaga no pleito do dia 27 de outubro, que renovará metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.
O resultado das urnas servirá como um termômetro para governo e oposição. Em jogo estão a governabilidade de Cristina Kirchner nos próximos dois anos e uma reforma constitucional que pode dar-lhe a possibilidade de tentar um terceiro mandato.
Para o analista Alejandro Catterberg, diretor da consultoria Poliarquía, as primárias servirão como uma grande pesquisa. "Em 2011, Cristina Kirchner foi reeleita com 53,8% dos votos. Agora, o oficialismo deve conseguir entre 30% e 35% dos votos."
O desgaste se deve a três processos. "Há uma perseguição ideológica, briga com Judiciário, com meios de comunicação, perseguição a oponentes." O segundo é a crise econômica, e o terceiro, o desgaste dentro do próprio kirchnerismo, com disputas internas.
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