O candidato conservador Nikos Anastasiadis ganhou o primeiro turno das eleições presidenciais realizadas neste domingo (17) no Chipre, ao obter 45,46% dos votos, segundo os resultados definitivos divulgados pelo Ministério do Interior.

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A vitória, porém, não foi suficiente para evitar o segundo turno, que acontecerá no próximo domingo. Na ocasião, Anastasiadis terá como adversário o candidato do Partido Comunista Akel, Stavros Malas, que obteve 26,91% dos votos.

O resultado contraria as projeções iniciais das pesquisas de boca de urna, que colocavam Anastasiadis como ganhador das eleições sem a necessidade do segundo turno, com 51,1% dos votos.

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O candidato do partido social-democrata, Yorgos Lilikas, ficou na terceira posição com 24,93% dos votos e, consequentemente, ficará de fora do turno.

Segundo analistas, o resultado mostra a força da fatia da população contrária às medidas de austeridade implantadas pelo governo para receber o resgate financeiro de entidades internacionais contra uma profunda crise econômica. Tanto Malas quanto Lilikas se mostraram contra a austeridade, firmemente defendida por Anastasiadis, 66.

"É uma vitória para as forças que querem que viremos a página", afirmou Anastasiadis, após a divulgação dos resultados oficiais. Analistas preveem um segundo turno apertado.

Lilikas foi primeiro candidato a comparecer perante aos jornalistas após a divulgação do resultado final. Depois de ter reconhecido a derrota e agradecido o apoio dos eleitores, o político evitou fazer uma recomendação a favor dos candidatos que ficaram para o segundo turno e se limitou a assinalar que se pronunciará nos próximos dias.

Malas foi mais explícito em seu pronunciamento, pedindo votos aos eleitores que votaram em Lilikas neste primeiro turno.

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O vencedor das presidenciais assumirá a chefia de Estado e de Governo em meio a uma das piores crises econômicas do país e também terá que articular um plano de negociação com os credores internacionais, que ainda não liberaram o resgate financeiro avaliado em 17 bilhões de euros.

Hoje, pouco mais de 545 mil eleitores foram convocados às urnas para escolher o novo presidente da República por um mandato de cinco anos. Segundo o Ministério do Interior, a participação do eleitorado foi de 83,1%, um índice menor do que o registrado nas eleições de 2008, quando a participação foi de 89,6%.