Praga, República Tcheca Astrônomos previram ontem que Plutão perderá sua condição de planeta, às vésperas da 26.ª Assembléia Geral da União Astronômica Internacional (IAU), em Praga. Hoje deve ser divulgada uma nova definição do que é um planeta, disse o analista Junachi Watanabe, porta-voz do observatório de astronomia do Japão e membro do comitê da IAU para a definição de um planeta. Na semana passada, havia a expectativa de que o número de planetas fosse ampliado de 9 para 12.
Iwan Williams, membro britânico do comitê, disse que "todas as propostas (apresentadas) reconhecem a existência de três grupos de astros". "O primeiro seria formado pelos oito planetas maiores (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Netuno, Saturno e Urano). O segundo seria composto por asteróides. E o terceiro teria Plutão e UB313", afirmou.
"Todos os projetos de resolução reconhecem a existência destes três grandes grupos. A questão é: o que chamar de planeta? Só o primeiro grupo possui planetas, ou o terceiro grupo também?", disse o analista.
Os astrônomos admitem, desta maneira, o erro cometido em 1930, quando se colocou Plutão na categoria de planeta. No futuro, corpos similares podem ser classificados como "planetas plutônicos" ou "plutonianos".
Plutão, descoberto em 1930 pelo cientista norte-americano Clyde Tombaugh (19061997), é objeto de discussão há décadas, principalmente devido a seu tamanho, que foi sendo progressivamente reduzido nos cálculos dos cientistas. Estima-se hoje que o planeta possua 2,28 mil quilômetros de diâmetro, muito menor do que a Terra (12,8 mil quilômetros), a Lua terrestre (3,5 mil quilômetros) e até mesmo que UB313 (conhecido como Xena, com cerca de 3 mil quilômetros), descoberto ano passado.
Outro argumento contra Plutão é a forma pouco ortodoxa de sua órbita, cuja inclinação não é paralela à da Terra e aos outros sete planetas do Sistema Solar. Isso leva os astrônomos a afirmarem que apenas esses oito planetas podem ter sido formados ao mesmo tempo, enquanto Plutão seria um astro mais recente.Watanabe acredita que a proposta de elevar o número de planetas do Sistema Solar para 53 é "excessiva". O cientista afirmou que Ceres, asteróide descoberto em 1801 e considerado na época um planeta, seguirá sendo classificado como "asteróide". Xena e Sedna ainda devem ser mais bem estudados, diz Williams.
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