A pobreza aumentou ligeiramente nos últimos anos nos países da União Europeia, segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicado nesta quarta-feira (18).
Dentro da UE, a “pobreza relativa” – a parte da população com renda inferior a 60% da média de receita -–se manteve estável entre 2005 e 2008 (16,5% da população), mas “desde então este percentual cresceu e passou a 16,8% em 2012 e a 17,2% em 2014”, segundo especialistas da OIT.
No mesmo período, este percentual se manteve estável nos Estados Unidos e cresceu ligeiramente no Japão.
Nos países emergentes e em desenvolvimento há cerca de 2 bilhões de pessoas que vivem com menos de 3,10 dólares por dia, em uma situação de “pobreza moderada” que envolve 36% da população destes países, muito abaixo dos 67% em 1990.
Durante este período, a extrema pobreza (menos de 1,9 dólar por dia) nos países emergentes e em desenvolvimento se reduziu rapidamente e em 2012 afetava 15% da população, contra 46,9% em 1990. Essa mudança é resultado de progressos na China e em boa parte dos países da América Latina.
Mas a pobreza segue elevada na África e em alguns países asiáticos, e tem aumentado nos países desenvolvidos, onde permanece o fechamento de postos de trabalho e a classe média teme uma queda em seu nível de vida, destacam os economistas da OIT.
Nos países desenvolvidos, 36% das crianças vivem na “pobreza relativa”.
De maneira global, a pobreza afeta mais as mulheres e as crianças. No caso dos países emergentes e em desenvolvimento, a metade das crianças com menos de 15 anos vive na pobreza moderada ou extrema.
Segundo a OIT, são necessários cerca de dez trilhões de dólares para erradicar a pobreza extrema e moderada no planeta até 2030.
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