Morador de rua em Buenos Aires: 11,8 milhões de argentinos nas áreas urbanas estão na pobreza, segundo números oficias divulgados nesta quarta-feira| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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O Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) divulgou relatório nesta quarta-feira (27) que apontou que a incidência da pobreza aumentou 0,9 ponto percentual nas áreas urbanas do país no primeiro semestre deste ano em relação aos últimos seis meses de 2022.

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Dessa forma, 11,8 milhões de argentinos estão nessa condição nos 31 aglomerados urbanos pesquisados, o equivalente a 40,1% da população nessas áreas. É o índice mais alto desde o primeiro semestre de 2021, quando o patamar registrado foi de 40,6% e o mundo começava a se recuperar dos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19.

Dentro do grupo de argentinos na pobreza, o número daqueles em situação de indigência teve acréscimo de 1,2 ponto percentual e chegou a 9,3% da população nas áreas urbanas, o equivalente a 2,7 milhões de pessoas.

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O Indec define que estão na pobreza os domicílios que não têm renda suficiente para atender um conjunto de necessidades alimentares e não alimentares (como vestuário, educação, saúde e transporte) consideradas essenciais.

Já o instituto considera que estão na indigência os que não têm rendimentos para custear uma cesta alimentar capaz de satisfazer um mínimo de necessidades energéticas e proteicas.

A projeção de consultorias privadas ouvidas pelo jornal Clarín aponta que a pobreza deve aumentar mais até o final do ano, em razão do impacto inflacionário da desvalorização de 22% do peso argentino promovida pelo governo em agosto.

Segundo essas estimativas, a proporção de argentinos na pobreza poderá atingir 42% ou 43% no final do ano. Em agosto, a inflação em 12 meses já acelerou para 124,4%, após ficar em 113,4% em julho.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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