O governo interino do Egito determinou que as manifestações contínuas de islamitas no país são uma "ameaça à segurança nacional" e, como tal, devem ser interrompidas. Em um comunicado transmitido pela televisão estatal, o gabinete do presidente de transição Adly Mansur afirmou ter tomado "todas as medidas necessárias para confrontar esse risco e colocar um fim a ele".
Ficará a encargo da polícia debandar os protestos de maneira "dentro da lei e da Constituição", de acordo com o ministro da Informação, Dorreya Sharaf al-Din.
A medida deve agravar a crise no Egito, em que simpatizantes da Irmandade Muçulmana realizam manifestações pacíficas desde a deposição de Mohamed Mursi, em 3 de julho.
O islamita, primeiro presidente democraticamente eleito no país, está detido desde então, acusado por crimes que incluem homicídio e aliança ilegal com a facção militante palestina Hamas para escapar de uma prisão, em 2011.
Outros líderes da Irmandade Muçulmana estão presos, acusados por incitar a violência. Há mandato contra o líder espiritual Mohamed Badie.
Não
Os islamitas rejeitam o convite ao diálogo com o governo de Mansur, apoiado pelo Exército, já que não reconhecem a transição política instituída pelo golpe militar.
No sábado, a repressão das forças de segurança deixaram ao menos 80 mortos em local próximo à mesquita Rabia al-Adawiya, principal ponto de aglomeração de islamitas.
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