O olho do furacão Patricia tocou terra firme na costa sudoeste do México no Pacífico nesta sexta-feira (23) com ventos máximos estimados em 265 quilômetros por hora, afirmou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
O poderoso e perigoso furacão de categoria 5 atingiu o continente ao longo da costa sudoeste do México cerca de 85 quilômetros de Manzanillo, anunciou o órgão, sediado em Miami.
O furacão trazia ventos destruidores e descarregava chuvas torrenciais que podem provocar graves danos em casas e na infraestrutura, afirmou o Serviço Meteorológico Nacional do México.
A Polícia Federal do México publicou no Twitter, no começo da noite desta sexta-feira, algumas imagens do furacão após a sua passagem na cidade de Jalisco. Até as 23h15 desta sexta, no horário de Brasília, ainda não havia outras informações das consequências da passagem do Patricia pelo país.
Ações
O governo alertou que cinzas e outros materiais do vulcão de Colima, a cerca de 210 quilômetros de Puerto Vallarta, podem se combinar com a precipitação intensa e desencadear marés de lama semelhantes a “cimento líquido” e cercar vilarejos próximos.
O porto e o aeroporto de Puerto Vallarta foram fechados nesta sexta-feira, assim como o importante terminal de carga de Manzanillo. A petroleira estatal Pemex declarou que seus postos irão parar de vender gasolina na área em que o furacão pode passar, mas nenhuma de suas principais instalações se encontra nesse trajeto.
Tempestade colossal
A tempestade cresceu em um “ritmo incrível” nas últimas 12 horas, afirmou a OMM, e o NHC relatou na manhã desta sexta-feira ventos máximos de aproximadamente 321 quilômetros por hora enquanto o furacão segue para o norte a 16 quilômetros por hora.
“Os ventos são capazes de manter um avião no ar”, disse Clare Nullis, porta-voz da OMM, em um boletim na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, comparando o Furacão Patricia ao tufão Haiyan.
Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, trata-se do furacão mais forte já registrado no noroeste do Pacífico.
O Patricia avança ao sudoeste do Porto de Manzanillo, na costa oeste do México, a 17 km/h. No entanto, ele pode reduzir sua velocidade à medida que se aproximar do continente. Ele deve atingir o solo no fim da tarde ou na noite desta sexta, na zona costeira do Estado de Jalisco.
Na quinta (22), o governo mexicano ativou seu comitê de emergências para coordenar as ações diante da chegada do furacão. Foram disponibilizados 1.782 abrigos com capacidade para até 259 mil pessoas, segundo o coordenador nacional de Defesa Civil, Luis Felipe Puente.
O porto de Manzanillo, um dos mais importantes do país, foi fechado, assim como o de de Vallarta. Duas represas do Estado de Jalisco também estão sendo drenadas, devido às inundações que o Patricia deve provocar.
As aulas nos Estados de Guerrero e de Colima foram suspensas.
O Serviço Meteorológico do México transmitiu um aviso de “zona de vigilância pelos efeitos do furacão” nos Estados de Guerrero (sul), Michoacán, Jalisco, Colima e Nayarit (oeste).