Quase 40 manifestantes ficaram feridos hoje após a polícia abrir fogo para dispersar a multidão no Iêmen, segundo funcionários do governo. A violência ocorre após oito pessoas morrerem em confrontos no fim de semana com as forças de segurança. O fato levou a condenação e pedidos de comedimento das Nações Unidas e das potências ocidentais.
Vinte e duas pessoas que exigiam a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos, ficaram feridas nesta segunda-feira quando tentaram invadir uma sede do governo em Jawf, a nordeste da capital Sanaa, disse um funcionário. As forças de segurança e partidários do regime que guardavam o prédio abriram fogo. Dois partidários do regime ficaram feridos pelas pedras lançadas pelos manifestantes.
Na província de Marib, a leste de Sanaa, 17 manifestantes ficaram feridos em circunstâncias similares, quando as forças de segurança abriram fogo para evitar a invasão de uma sede do governo local.
Cerca de 40 pessoas foram mortas desde o início dos protestos no país, no fim de janeiro, em um contexto de levantes pela democracia no mundo árabe. Na quinta-feira, Saleh prometeu proteger manifestantes e propôs a realização de um referendo sobre uma nova Constituição, que iria devolver poder ao Parlamento. O Iêmen é um aliado estratégico dos EUA na luta contra a Al-Qaeda e abriga tropas norte-americanas. As informações são da Dow Jones.
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