A polícia da Dinamarca apreendeu na madrugada desta quarta-feira um arsenal com bombas de tinta, escudos e outros itens que supostamente seriam usados em manifestações violentas durante a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em Copenhague.
Alguns grupos de ativistas vinham ameaçando perturbar o evento em Copenhague, onde as autoridades estão reunidas para discutir um novo tratado climático global.
A polícia apreendeu 58 lâmpadas tubulares cheias de tinta e óleo, alicates, 193 escudos de madeira, nove móveis metálicos com rodinhas e 200 caixotes plásticos que, segundo a polícia, seriam usados como escadas para que os manifestantes pulassem cercas.
Em nota, a polícia disse ter confiscado itens que poderiam ser usados "em conexão com a desobediência civil durante as manifestações." Ninguém foi preso.
O porta-voz policial Henrik Suhr disse que no passado lâmpadas com tinta foram atiradas em para-brisas de veículos policiais para impedir seus motoristas de enxergarem.
Já os caixotes de leite, presos aos móveis metálicos, "seriam obviamente usados para escalar uma cerca."
A apreensão ocorreu em um imóvel vazio, vizinho a um local onde centenas de ativistas estão hospedados durante a conferência.
Tannie Nyboe, da entidade ativista Ação da Justiça Climática, disse em nota que "é completamente desproporcional por parte da polícia entrar às 3h da manhã, cercar os dormitórios e intimidar um monte de hóspedes que dormiam."
A polícia disse ter devolvido alguns objetos considerados "inocentes."
Lars Kristiansen, que segundo a Justiça Climática estava construindo dormitórios para os visitantes, lembrou que "as autoridades dinamarquesas têm sido criticadas por não fornecerem espaços suficientes para que as pessoas que vêm a Copenhague durmam."
"Estamos tentando atender essa necessidade, mas agora a polícia confiscou as ferramentas que estávamos usando para construir esses dormitórios."