Três pessoas foram encontradas mortas em acampamentos do movimento de protesto anticapitalista Ocupe Wall Street, nos estados norte-americanos da Califórnia, Vermont e Utah.
Apenas um dos casos ocorrido em Oakland (Califórnia) está sendo tratado pela polícia como assassinato. Um homem foi baleado no acampamento dos manifestantes em uma possível discussão entre grupos rivais. A polícia investiga se a discussão estava relacionada ao protesto.
Em Vermont, a vítima foi um veterano de guerra de 35 anos que cometeu suicídio dentro de uma tenda, de acordo com a polícia. As circunstâncias da morte da terceira vítima, em Utah, não foram esclarecidas. O corpo de um homem de 40 anos foi achado dentro de uma tenda, sem marcas de violência.
Nova York
Após uma recente agressão sexual, a segurança voltou a ser motivo de preocupação também no Zuccotti Park, a praça onde estão instalados, há cerca de dois meses, manifestantes do OcupeWall Street em Nova York. A polícia patrulha permanentemente os arredores do acampamento, perto de Wall Street, mas não se aventura no labirinto de barracas, que se amontoam no pequeno espaço cercado por arranha-céus.
"Nós acolhemos todo mundo e às vezes temos problemas", reconhece Sean Dolan, um cozinheiro de 48 anos. "Mas, nós temos nossa equipe de segurança 24 horas por dias e, no geral, conseguimos resolver as tensões", acrescenta.
Quando necessário, as pessoas que causam problemas são expulsas do acampamento, explica.
De acordo com o site do Occupy Wall Street, em caso de atividade criminal, o sujeito é levado à polícia.
Na semana passada, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, acusou os manifestantes de fazerem o papel da polícia e não denunciarem os incidentes graves, acusações desmentidas pelo grupo.
"O suspeito de agressão sexual foi levado diretamente à polícia", afirma Andrew Smith, membro da equipe de vigilância.
Este espaço foi aberto para todos os tipos de reivindicações, o que dificulta o controle da movimentação das pessoas. Os rostos mudam constantemente e vários grupos heterogêneos dividem a praça. Ao leste, há uma biblioteca, os escritórios de imprensa e a recepção. Muitos não dormem lá. Ao oeste, alguns marginais e sem-teto não parecem preocupados com os temas do movimento, que denunciam os 1% mais ricos e a ganância do mundo financeiro.
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