Os protestos na Bielorrússia neste sábado foram os mais violentos desde a reeleição considerada fraudulenta de Alexandr Lukashenko no último dia 19.
A polícia prendeu dezenas de manifestantes, além do destacado integrante da oposição Alexandr Kozulin e um assessor do principal líder oposicionista, Alexandr Milinkevich. O líder desmentiu a informação veiculada por uma agência de notícias russa de que também havia sido preso.
As quatro explosões ouvidas durante a tentativa de marcha ao centro de detenção em que cerca de 200 manifestantes estão presos desde sexta-feira foram provavelmente granadas lançadas pela polícia.
Os policiais investiram contra a multidão usando escudos e cacetetes.
Pelo menos duas pessoas ficaram gravemente feridas.
O ministro do Interior, Vladimir Naumov, disse que a polícia teve de agir para evitar um golpe e o assassinato de Lukashenko.
- (Alexandr) Kozulin começou a pedir a remoção à força das autoridades, a tomada de instalações de segurança e o extermínio físico do chefe do Estado - disse ele. - Prendemos os mais ativos violadores da ordem pública. Às ações deles se seguirão as conseqüências legais apropriadas.
O porta-voz de Milinkevich, Pavel Mazheika, que foi preso e solto em seguida, disse não haverá mais protestos por enquanto.
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