Londres (EFE) A Polícia britânica deteve ontem seis pessoas em Leeds, no norte da Inglaterra, sob a lei antiterrorista, embora tenha informado que as prisões não estão "neste momento" relacionadas aos atentados do dia 7 em Londres. As detenções ocorreram no subúrbio de Beeston, onde residiam três dos quatro supostos terroristas suicidas que realizaram os ataques contra a capital britânica.
Uma porta-voz da Polícia do condado de West Yorkshire explicou que, baseada em uma "informação recebida", esta tarde foi realizada uma operação que levou à detenção de "seis indivíduos sob a lei antiterrorista de 2000". A operação aconteceu em um imóvel em Beeston, no condado de Leeds, norte da Inglaterra.
Ontem à noite, os agentes continuavam a revistar o imóvel, informou a polícia, ao acrescentar que os seis detidos, que não tiveram a identidade revelada, permanecem sob custódia policial. "Por enquanto, as detenções não têm envolvimento com os atentados de Londres, mas ainda trabalhamos conjuntamente com a brigada antiterrorista da Polícia Metropolitana, como parte desta investigação", segundo a porta-voz.
Religiosos islâmicos tomam a frente das manifestações contra o terrorismo. Eles rezam e promovem passeadas pela paz, alegando que o Corão condena a morte de inocentes.
Três dos quatro suspeitos dos atentados de Londres, que deixaram ao menos 55 mortos e 700 feridos, viviam na região de Leeds. Um deles, Shehzad Tanweer, de 22 anos, residia precisamente no subúrbio de Beeston.
Na terça-feira passada, o Exército e a Polícia britânicos revistaram seis casas em Leeds, incluídos os três domicílios dos suspeitos. Na operação foram encontrados explosivos em um dos imóveis e uma pessoa foi detida, que continua sob custódia policial.
No entanto, as investigações na região não terminaram. Até ontem, dez imóveis já tinham sido revistados, entre eles sete casas. Além de Tanweer, Hasib Hussain, de 18 anos, e Mohammad Sidique Khan, de 30, residiam no condado de Leeds, onde há uma grande comunidade muçulmana.
Os três eram de nacionalidade britânica e origem paquistanesa, enquanto que o quarto suposto terrorista, Germaine Linsay, de 19 anos, tinha passaporte britânico, era de procedência jamaicana.