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| Foto: EFE/Luis Forra

O detetive britânico que encabeça a investigação sobre o desaparecimento da menina Madeleine McCann, ocorrido há seis anos em Portugal, disse ter novas pistas indicando que se tratou de um sequestro planejado com antecedência.

Madeleine, então com 3 anos, desapareceu de um apartamento onde passava férias com a família no Algarve, no sul de Portugal, em maio de 2007. Naquele momento, seus pais jantavam com amigos em um restaurante perto dali.

O caso teve grande repercussão e motivou uma infrutífera caçada mundial. A polícia portuguesa arquivou o inquérito há cinco anos.

Mas autoridades britânicas retomaram a investigação em julho, e na segunda-feira elas disseram ter montado uma nova sequência de eventos indicando que Madeleine foi alvo de sequestradores.

Os detetives disseram ter identificado vários homens, inclusive alguns supostamente escandinavos ou alemães, enquanto outra linha de investigação diz que ela foi levada depois de perturbar ladrões.

"O desaparecimento de Madeleine McCann tem de fato, sob uma leitura das provas, as marcas de um sequestro previamente planejado", disse o inspetor Andy Redwood ao programa "Crimewatch", da BBC, que mostrou a nova hipótese.

Redwood afirmou que a investigação portuguesa se centrou em um homem moreno que foi visto com uma criança na noite do crime por Jane Tanner, amigo da família McCann.

Mas Redwood disse que sua equipe descartou esse homem como suspeito e tenta localizar outro homem que foi visto cerca de 45 minutos depois por uma família irlandesa, levando na direção de uma praia uma menina com características que batem com as de Madeleine.

A polícia já divulgou retratos falados desse homem e de outros indivíduos vistos perto do apartamento da família McCann nos dias e horas que antecederam ao sumiço da menina.

Uma testemunha viu um homem de cabelos claros em duas ocasiões perto do apartamento. Cerca de uma hora depois do desaparecimento, dois homens louros foram vistos em atitude suspeita perto do imóvel.

"Temos alguma sugestão das testemunhas com as quais conversamos de que eles possivelmente pareciam escandinavos, ou que possivelmente estavam falando em alemão ou holandês", disse Redwood. Segundo o inspetor, as polícias da Alemanha e Holanda foram consultadas a respeito de criminosos conhecidos que possam ser relevantes para o caso. Um apelo pela TV também será feito nos dois países.

Redwood disse que outra linha de investigação diz respeito ao fato de roubos a residências terem quadruplicado naquela época na região da Praia da Luz.

Também falando ao "Crimewatch", Kate McCann, mãe da vítima, disse que durante anos se martirizou por ter saído para jantar naquela noite, mas que depois parou com isso. "Afinal, não fomos nós que cometemos o crime. Foi a pessoa que entrou naquele apartamento e levou uma menininha para longe da sua família."

Os pais de Madeleine chegaram a ser apontados como suspeitos pela polícia portuguesa, mas um promotor do país arquivou as acusações contra eles em 2008, citando falta de provas.

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