Uma força tarefa da polícia de Los Angeles continua trabalhando, apesar da neve e temperaturas baixas, na busca do policial demitido que declarou "guerra" contra o departamento de polícia e é acusado de ter matado três pessoas. Mais de 100 homens de várias delegacias estão em busca de Christopher Dorner em Big Bear Lake, região de montanhas de San Bernardino, na Califórnia.
A busca por Dorner, de 33 anos, se concentra em uma área de resort entre a Califórnia, Nevada, Arizona e o México. Os policias estão em situação crítica porque Dorner, que foi demitido da polícia em 2008 após três anos no posto, prometeu uma "guerra" contra os ex-colegas uniformizados e suas família. "Não sabemos o que ele vai fazer", afirmou a porta-voz do Departamento de Polícia de San Bernardino, Cindy Bachman. "Sabemos o que ele é capaz de fazer e precisamos encontrá-lo."
Durante todo o dia, centenas de policiais fortemente armados patrulharam rodovias no sudoeste da Califórnia, enquanto outros montaram guarda do lado de fora de casas de familiares de policiais ameaçados por Dorner em uma mensagem postada na internet. Por causa da constante ameaça, a polícia retirou das ruas os agentes que trabalham em motocicletas, alegando que eles são alvos fáceis.
"Eu vou trazer a guerra não convencional e assimétrica para os policiais do Departamento de Polícia de Los Angeles, (LAPD, na sigla em inglês), para aqueles que estão em serviço ou fora dele", escreveu Dorner. Ele acrescentou que "infelizmente, não estarei vivo para ver meu nome limpo. Essa é a razão de tudo isso, meu nome. Um homem não é nada sem seu nome."
Dorner tem em seu poder várias armas, incluindo um rifle de assalto, informou o chefe da polícia, Charlie Beck, que pediu a ele que se rendesse em uma conferência com a imprensa em meio à segurança elevada em um espaço subterrâneo no quartel da polícia. "Claro que ele sabe o que está fazendo, nós o treinamos. Ele também foi membro das forças armadas", contou Beck. "Essa é uma situação extremamente preocupante e assustadora."
As buscas por Dorner começaram após ele ter sido ligado à morte de duas pessoas no final de semana, uma delas seria filha do policial que o representou durante a audiência disciplinar. Em uma postagem no Facebook na quarta-feira, Dorner confessou o assassinato da assistente do treinador de basquete da Universidade da Califórnia Monica Quan e do namorado dela, o policial Keith Lawrence, ocorrido no domingo.
Monica seria filha de um capitão da polícia que depôs contra ele na audiência disciplinar que culminou com sua demissão, ainda em 2008. "Nunca tive a oportunidade de ter uma família propriamente minha. Vou acabar com a sua", escreveu a Randy Quan, um policial aposentado a quem ele responsabiliza por sua demissão.
De acordo com documentos de uma corte de audiência de apelação, Dorner foi demitido da polícia após ter feito uma queixa contra o sargento Teresa Evans. Dorner disse que durante uma prisão, Evans atingiu o suspeito Christopher Gettler, um esquizofrênico com demência severa. Richard Gettler, pai de Christopher, testemunhou a favor da queixa de Dorner. Ele contou que após seus filho voltar para casa em 28 de julho de 2007, ele perguntou: "se o filho havia brigado porque se rosto estava machucado", ao que o filho teria respondido que foi atingido duas vezes nas constas pela policial.
Randy Quan, ex-capital da polícia de Los Angeles que se tornou advogado após a aposentadoria, representou Dorner diante do Conselho de direitos, um tribunal que votou contra Dorner, informou a polícia.
Dorner disse em sua mensagem online que após sua demissão perdeu tudo, incluindo sua relação com a mãe, irmã e amigos próximos. As informações são da Associated Press.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano