A polícia chilena prendeu nesta terça-feira (9) dois homens e uma mulher que pregavam cartazes na rua chamando a população a atacar as forças de segurança pública no próximo dia 11 de setembro, em vista do aniversário de 35 anos do golpe militar de 1973.
Os jovens, que disseram ter sido contratados por terceiros, foram detidos durante uma patrulha de rotina da polícia na região de La Cisterna, sul de Santiago, logo após terem sido encontrados 58 cartazes pregados nos muros, alguns com instruções para a fabricação de coquetéis molotov.
Os jovens foram identificados como Daniela Andrea Erices, de 20 anos, Felipe Aguilera, de 21 anos, e Nicolás Pino, também de 21.
Os cartazes pedem para "multiplicar os ataques, sabotar e boicotar o sistema", além de incitar o ataque contra ricos e poderosos.
Alguns dos cartazes forneciam instruções de como fabricar coquetéis molotov e mostravam um desenho no qual aparece um encapuzado lançando uma dessas bombas incendiárias contra um carro da polícia.
Os policiais também apreenderam quatro garrafas com cola, luvas e duas mochilas.
Os detidos não possuem antecedentes criminais, segundo confirmou o capitão Gonzalo Salas.
A policia da capital chilena já dispôs reforços em seus contingentes em vista do anúncio de grupos anarquistas e de esquerda que prometiam criar um "setembro negro".
Como preparação para o dia 11 de setembro, no qual tradicionalmente ocorrem conflitos com a polícia, além dos coletes à prova de balas, os homens da força de segurança pública de Santiago estarão equipados também com capacetes especiais, geralmente utilizados em manifestações onde possam ocorrer disparos.
Dessa forma o governo chileno busca evitar o ocorrido no dia 11 de setembro do ano passado, quando o cabo Cristián Vera Contreras acabou morrendo com um tiro na cabeça.
Liderado pelo general Augusto Pinochet, o golpe de 11 setembro de 1973 tirou do poder o então presidente esquerdista Salvador Allende. Após o golpe, Pinochet assumiu o cargo de Chefe Supremo da Nação, no qual permaneceu até a redemocratização em 1990. As informações são da agência Ansa.
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