A polícia chinesa afirmou nesta sexta-feira (16) que uma explosão acontecida em frente uma escola na cidade de Xuzhou, província litoral oriental de Jiangsu, não se trata de um acidente com um cilindro de gás, conforme divulgado anteriormente, mas sim por dispositivo explosivo caseiro deixado por na porta da escola por um jovem de 22 anos, identificado como “Xu”. A bomba vitimou oito pessoas, deixando outras 65 feridas.
Inicialmente, as informações davam conta de que a explosão teria sido por conta de um cilindro de gás de um vendedor de alimentos ambulante. Porém, a explosão segue uma série de sequências de ataques que aconteceram em escolas na China nos últimos anos. A polícia também credita a causa dos ataques a pessoas com queixas contra a sociedade ou com problemas de saúde mental.
Segundo as autoridades locais, o terrorista abandonou a escola com disfunção nervosa autônoma, uma doença que pode causar problemas respiratórios e cardíacos, e que foi trabalhar e viver perto do jardim de infância. Palavras como “morte” foram encontradas em seu quarto.
Sociólogos chineses culpam as pressões de uma sociedade em rápida mudança pelos ataques a escolas e crianças jovens, com crescente desigualdade e grandes pressões sobre os jovens para competir e ter sucesso. A falta de apoio para os doentes mentais e um sistema legal disfuncional, onde as pessoas que sentem que foram tratadas injustamente ou sofreram injustiça têm poucas possibilidades de buscar reparação, também são possíveis causas.