O ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, um dos principais opositores ao presidente Nicolás Maduro na Venezuela, foi colocado novamente em prisão domiciliar após ter sido levado pelo serviço de inteligência do país na última terça (1º).
A informação foi dada pela mulher de Ledezma, Mitzy Capriles, na conta de Twitter do opositor.
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Segundo Mitzy, Ledezma disse ao entrar no apartamento que voltava "com a angústia de que Leopoldo e mais 600 presos políticos sigam atrás das grades", se referindo a Leopoldo López, também preso na terça (1º).
Ledezma e López cumpriam prisão domiciliar, mas ambos foram levados à prisão nesta semana após se pronunciarem contra a votação do domingo para eleger a Assembleia Constituinte. Os oposicionistas criticam o processo eleitoral e o qualificam como um instrumento não democrático para garantir mais poder ao presidente Nicolás Maduro, que com o novo órgão retirará poder da Assembleia Nacional, dominada pela oposição.
Crise
A Venezuela vive uma crise econômica e política desde 2014, mas que foi intensificada em abril deste ano. De acordo com o Observatório de Conflitos Sociais Venezuelanos, desde 1º de abril, foram registrados no país 6.729 protestos e 428 saques. Cento e cinquenta e sete pessoas morreram, sendo a maioria civis.
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