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Decisão judicial

Polícia começará a remover manifestantes das ruas de Hong Kong

Barracas colocadas por manifestantes na zona de Admiralty, um dos locais que serão desocupados | Bobby Yip/Reuters
Barracas colocadas por manifestantes na zona de Admiralty, um dos locais que serão desocupados (Foto: Bobby Yip/Reuters)

A polícia de Hong Kong inicia nesta terça-feira (18) o despejo dos manifestantes pró-democráticos que estão há mais de sete semanas acampados protestando nas ruas da cidade. Um comunicado divulgado no site do governo assinalou que a polícia executará a decisão do Tribunal Superior de Hong Kong, que há uma semana deu ganho de causa aos recursos apresentados sobre duas das três áreas ocupadas.

Com essa decisão, o tribunal autorizou a polícia a eliminar os obstáculos que bloqueiam as vias públicas em frente à sede do governo da cidade na zona de Admiralty e em uma área do distrito operário de Mong Kok. A polícia, além disso, tem autorização judicial para realizar detenções caso os manifestantes mostrem algum tipo de resistência física.

O governo de Hong Kong assinalou hoje que os primeiros desalojamentos acontecerão na área de Admiralty, onde os protestos estão centralizados, para eliminar o bloqueio ao acesso de um edifício de escritórios, cujos gerentes assinaram o requerimento judicial. A operação de Mong Kok é considerada de alto risco, e por isso terá um agente policial para cada três ou quatro manifestantes.

A intenção de acatar a decisão judicial veio após uma pesquisa da Universidade China de Hong Kong mostrar que mais de dois terços da população do território acha que os manifestantes devem pôr fim aos protestos nas ruas. Para 67% dos entrevistados os manifestantes devem deixar as ruas e 43% se mostraram contra o movimento, pouco mais que os 33% que disseram estar a favor.

Os manifestantes exigem indicações abertas para os candidatos à chefia da cidade nas próximas eleições, em 2017, enquanto o governo chinês estabeleceu que esses candidatos serão pré-selecionados por um comitê composto por 1.200 membros, controlado pelas autoridades comunistas de Pequim. Os protestos, que no ápice reuniram mais de 100 mil pessoas, se reduziram a centenas de pessoas que protagonizaram acampamentos em ruas em ambos os lados do porto Victoria.

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