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Incidente

Polícia corta luz em ato de Chávez em Nova York

A polícia de Nova York cortou a energia elétrica para interromper a transmissão por satélite de um ato do presidente venezuelano Hugo Chávez nesta quinta-feira no bairro do Harlem e "agrediu um oficial da comitiva presidencial", informou o ministro venezuelano Willian Lara.

Em declarações em Nova York à emissora Unión Radio, Lara disse que a polícia primeiro exigiu o fim do discurso que Chávez fazia na igreja batista Monte das Oliveiras, no Harlem, afirmando que ele não tinha permissão. Em seguida, cortou a eletricidade para o satélite.

"Houve uma provocação montada pela polícia, que chegou ao local onde estávamos reunidos com Chávez e exigiu o fim do discurso do presidente, dizendo que não tínhamos permissão para fazer aquilo", revelou Lara.

"Explicamos que a atividade estava perfeitamente ajustada à legislação daquela região de Nova York (...) mas argumentaram que iam cortar a energia porque não tínhamos permissão para usá-la...".

Após cortar a luz, os policiais também tentaram impedir que Chávez desse declarações aos jornalistas.

O embaixador da Venezuela em Washington, Bernardo Alvarez, disse à TV de Caracas que o governo venezuelano vai apresentar uma "queixa formal" à polícia de Nova York pelo corte da eletricidade durante o discurso de Chávez.

Assim como fez no ano passado no Bronx, Chávez foi ao Harlem anunciar a expansão do programa de venda de combustível barato para calefação para comunidades pobres dos Estados Unidos. Durante o discurso na igreja batista, Chávez disse que "Bush é um alcoólatra, um homem doente e complexado".

"Ele anda como o John Wayne", acrescentou, comparando Bush com o ator americano. "Ele não tem a menor idéia do que é política".

"Chegou aonde chegou porque é um filhinho de papai", acrescentou, falando acompanhado por líderes religiosos e indígenas americanos a um público diverso, integrado por latinos, afro-americanos e brancos. "Os Estados Unidos deveriam eleger um presidente com que se possa falar e trabalhar", disse Chávez, que usava sua camisa vermelha da revolução bolivariana.

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