A polícia da Dinamarca afirmou ter matado um suspeito, que teria sido responsável pelos ataques realizados na noite de ontem a um café de Copenhague e a uma sinagoga. O homem foi morto em uma estação de trem no bairro de Noerrebro, após ter atirado contra a polícia, informaram as autoridades.
Joergen Skov, investigador da polícia, afirmou que "nada sugere envolvimento de outros responsáveis" pelos ataques, que deixaram dois mortos e cinco policiais feridos. Os eventos de ontem criaram mais temores sobre uma onda de terrorismo na Europa, um mês depois dos ataques em Paris, que deixaram 17 mortos.
O primeiro ataque aconteceu antes das 16h (horário local) de sábado, quando um homem abriu fogo contra o café Krudttoenden, onde era realizado um evento a favor da liberdade de expressão organizado pelo artista sueco Lars Vilks. Segundo a polícia, os tiros foram disparados do lado de fora e atravessaram a janela do estabelecimento. Um homem de 55 anos foi morto e três policiais ficaram feridos. O serviço de segurança da Dinamarca declarou que as circunstâncias do tiroteio ao café "indicam que estamos falando sobre um ataque terrorista".
Depois da meia-noite de domingo, um homem judeu foi morto e mais dois policiais, feridos, em um segundo tiroteio, que aconteceu em frente a uma sinagoga.
Skov afirmou que o suspeito foi confrontado pela polícia quando chegou a um local que estava sendo vigiado. O investigador afirmou que o homem teria entre 25 e 30 anos e carregava uma arma automática.
Vilks, artista de 68 anos que já recebeu diversas ameaças por desenhar caricaturas do profeta Maomé, afirmou acreditar ter sido o alvo do primeiro ataque. "Que outro motivo poderia haver? É possível que o ataque tenha sido inspirado em Charlie Hebdo", disse, fazendo referência ao ataque realizado em 7 de janeiro, quando extremistas islâmicos atacaram a redação do jornal satírico em Paris.
Líderes europeus condenaram a violência e expressaram apoio à Dinamarca. O serviço de segurança da Suécia afirmou que está compartilhando informações com autoridades dinamarquesas, enquanto a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Bernadette Meehan, afirmou que oficiais dos EUA estão prontos para ajudar nas investigações e estavam em contato com a polícia da Dinamarca.