A polícia francesa deteve 19 pessoas e apreendeu armas na manhã desta sexta-feira durante uma operação de busca por suspeitos de atividade islâmica radical em várias cidades do país incluindo Toulouse, local dos assassinatos de quatro judeus e três soldados neste mês.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, que está travando uma difícil batalha pela reeleição, disse que mais incursões acontecerão em breve.
"Haverá mais operações, permitindo-nos expulsar diversas pessoas que não têm relação com o país", afirmou o presidente em entrevista para a rádio Europe 1.
As batidas policiais acontecem pouco mais de uma semana depois de o atirador inspirado na Al-Qaeda, Mohamed Merah, ter sido morto por francoatiradores da polícia.
Merah atirou e matou três crianças em uma escola judaica, um rabino e três soldados em ataques na região de Toulouse, fazendo com que a segurança interna se tornasse uma questão maior nas campanhas eleitorais.
Pesquisas mostram que mais de 70% dos eleitores aprovaram a forma como Sarkozy lidou com a crise, reduzindo seu opositor, o favorito François Hollande do Partido Socialista, ao papel de observador antes das eleições no dia 22 de abril e 6 de maio.
Uma fonte policial disse que cerca de 20 pessoas foram presas na batida na região de Toulouse, no sudoeste da França, em Nantes, na região oeste, e também nas regiões de Paris e no sudeste do país.
Sarkozy colocou a cifra de prisões em 19 e disse que a polícia havia apreendido armas, incluindo rifles Kalashnikov.
As operações, realizadas pela unidade de comando da polícia RAID e especialistas antiterroristas, não estavam diretamente relacionadas ao massacre empreendido por Merah, de acordo com uma fonte da polícia.
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