A polícia encontrou 19 bombas em uma cidade no sul da Índia um dia depois que pelo menos 40 pessoas morreram em explosões que um ministro atribuiu a militantes islâmicos com base em Bangladesh ou no Paquistão. Nenhum grupo, porém, assumiu a autoria.
O governo indiano enviou mais policiais e equipamento especial de detecção de bombas para Hyderabad, centro de tecnologia com histórico de tensão entre hindus e muçulmanos, depois que bombas recheadas com pedaços de metal explodiram em um centro de alimentação e em um parque de diversões, na noite de sábado.
Cerca de 80 pessoas ficaram feridas nas três explosões, ocorridas em intervalo de menos de dez minutos.
A polícia descobriu as bombas, que não explodiram, equipadas com cronômetros e instaladas em sacos plásticos em pontos de ônibus, perto de cinemas, cruzamentos, passarelas de pedestres e perto de um bebedouro público na capital do estado de Andhra Pradesh.
Neste domingo (26), o ministro-chefe de Andhra Pradesh atribuiu a responsabilidade a grupos militantes islâmicos com base no Paquistão e em Bangladesh, vizinhos da Índia.
"A informação disponível aponta para isso", disse Y.S. Rajasekhara Reddy em coletiva de imprensa, ao ser questionado se militantes dos países vizinhos estão envolvidos.
Uma autoridade do ministério do interior federal disse que cerca de 22 pessoas estão sendo interrogadas. Em outro incidente, a polícia disse que um homem foi detido perto de Hyderabad sob suspeita de ter vendido rolamentos de bicicleta usados dentro das bombas para aumentar os danos.
Reddy disse que 40 pessoas morreram, incluindo três crianças, mas o ministro do Interior do Estado e alguns policiais falam em 43.
Em maio, 11 muçulmanos morreram e cinco foram atingidos por tiros em conflitos com a polícia depois da explosão de uma bomba em uma mesquita histórica de Hyderabad.