Manifestantes enfrentam a polícia de Hong Kong, que conseguiu retomar o controle da área de Mong Kok na noite desta sexta-feira| Foto: EFE/EPA/ALEX HOFFORD

A polícia de Hong Kong realizou uma operação na madrugada para remover as barricadas e outros obstáculos erguidos pelos manifestantes pró-democracia ao redor da movimentada área de Mong Kok, agindo enquanto vários manifestantes ainda estavam dormindo.

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A operação desta sexta-feira (no horário local) ocorreu do lado oposto ao porto -que é o lugar da manifestação principal- e próximo do gabinete do líder de Hong Kong.

A polícia enfrentou pouca resistência, ao contrário dos últimos dias, em que violentos confrontos aconteceram em outras regiões com protestos.

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Os manifestantes, que ocupam partes da cidade há três semanas, têm exigido democracia plena para a antiga colônia britânica e querem a renúncia do chefe-executivo da cidade, Leung Chun-ying.

Leung tentou nesta quinta-feira (16) reduzir as tensões com os manifestantes, dizendo que ele espera que os dois lados pudessem conversar na próxima semana.

O principal grêmio estudantil de Hong Kong acolheu a oferta com prudência: "vamos ver como reagem as pessoas aqui", declarou Lester Shum, subsecretário-geral da Federação de Estudantes de Hong Kong (HKFS).

"Estou tão furioso. O governo disse que iria conversar com os estudantes sobre essas questões, então, vem e desmonta a nossa base. Isso não é o jeito certo de fazer as coisas," disse Cony Cheung, 21, uma vendedora de produtos para a pele.

Um grande número de viaturas policiais estava bloqueando o acesso para a área de protesto em Mong Kok, tentando impedir outros manifestantes de entrar.

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Nenhuma prisão foi feita, de acordo com o superintendente chefe no comando da operação. Cerca de 800 policiais estavam envolvidos na ação, acrescentou.

Alguns manifestantes estavam empacotando as suas coisas e se dirigindo para a principal área de protestos no bairro Admiralty.

A ação surpresa acontece dias depois que centenas de policiais usaram marretas e serras elétricas para derrubar as barricadas erguidas pelos manifestantes para abrir uma avenida importante.

Em agosto, Pequim disse ao povo de Hong Kong que eles poderiam votar para ter o seu próprio líder em 2017, mas restringiu os candidatos aos que são a favor da China.

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