Policial israelense aponta canhão de gás contra manifestantes palestinos nesta quarta-feira (22) durante confronto em Jerusalém Oriental| Foto: Reuters

A polícia de choque de Israel entrou no complexo da mesquita de al-Aqsa, nesta quarta-feira (22), em Jerusalém, para perseguir palestinos que teriam jogado pedras no Muro Ocidental, um local judaico de prece que fica nas proximidades.

CARREGANDO :)

Os palestinos teriam entrado na mesquita. Não havia relatos sobre feridos ou enfrentamentos dentro do espaço da esplanada das mesquitas, segundo um porta-voz da polícia israelense.

O clima está tenso na região depois que um segurança de um assentamento judaico teria matado um palestino a tiros em Jerusalém Oriental. Houve confrontos e feridos.

Publicidade

Policial israelense aponta canhão de gás contra manifestantes palestinos nesta quarta-feira (22) durante confronto em Jerusalém Oriental.

O incidente desencadeou confrontos de rua e acusações, por parte de palestinos, de que Israel está minando as negociações de paz patrocinadas pelos Estados Unidos.

Moradores de Silwan saíram às ruas depois do incidente, revirando carros e atirando pedras na polícia e em pedestres.

A polícia afirmou ter respondido com gás lacrimogêneo, jatos de água e granadas de efeito moral. Três civis e um policial israelenses ficaram feridos nos confrontos, informou a polícia de Israel.

Centenas de pessoas compareceram ao funeral do palestino morto, que tinha 32 anos e cinco filhos.

Publicidade

Confrontos esporádicos se espalharam pela Cidade Velha de Jerusalém, onde fica a Mesquita de al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do islamismo, e o Muro das Lamentações, o local de orações mais reverenciado do judaísmo,

"Esta violenta escalada das forças de ocupação israelenses representa medidas destrutivas que destroem a programação de construção da paz", disse o porta-voz do governo palestino, Ghassan Khatib, acusando a polícia de impedir ambulâncias de chegarem a Silwan para atender os moradores feridos.

"Essas ações ilegais de permanente inserção de colonos fortemente armados no coração dos bairros palestinos resultam em provocações diárias e em violência contra palestinos desarmados e desprotegidos, e abrem caminho para que tais crimes prossigam", acrescentou.

Israel tomou da Jordânia a parte oriental de Jerusalém, bem como a Cisjordânia, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e considera toda a Jerusalém sua capital -- status não reconhecido internacionalmente.

Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado que pretendem criar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Publicidade