A polícia de Moscou dispersou neste sábado, de forma violenta, uma demonstração de orgulho gay, prendendo dezenas de manifestantes que denunciavam o que eles chamavam de "homofobia russa", horas antes do fim de uma grande competição de música pop internacional, a Eurovision. O porta-voz da polícia de Moscou Anatoly Listovetsky disse que 40 pessoas foram detidas, mas relatos na mídia afirmam que ao menos 80 foram presas. Autoridades da cidade haviam alertado que não tolerariam marchas ou protestos apoiando os direitos dos gays.

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A polícia prendeu manifestantes do orgulho gay e também alguns membros de grupos religiosos e nacionalistas que realizavam demonstrações contrárias. Eles também prenderam ativistas pelo direito dos gays apenas porque eles conversavam com repórteres.

"As prisões foram feitas de forma muito violenta e agressiva", disse o ativista britânico Peter Tatchell, após ter sido liberado. "Acreditamos que a reação da polícia de Moscou foi totalmente injustificada.

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Outros países

Na Letônia, ativistas pelos direitos dos gays de cerca de 20 países europeus realizaram uma marcha na capital Riga, em meio a uma forte demonstração contrária e presença maciça da polícia. Autoridades policiais disseram que a marcha passou de forma pacífica e apenas duas pessoas foram detidas. A polícia estima que 300 pessoas participaram da marcha pelo direito dos gays, enquanto a manifestação contrária atraiu 1,2 mil.

Em Cingapura, a comunidade gay realizou sua primeira marcha aproveitando as leis mais brandas sobre manifestações públicas pedindo direitos iguais. Cerca de 2,5 mil participantes usaram roupas cor de rosa, tocaram músicas e cantaram em um parque, segundo informações do organizador.