Londres A polícia britânica encontrou e desarmou ontem dois carros-bomba no centro de Londres, evitando um atentado terrorista que, segundo o governo, teria matado milhares de pessoas. A tentativa de ataque ocorreu quase dois anos após os atentados ao sistema de metrô de Londres em 7 de julho de 2005, que mataram 52 pessoas.
O primeiro veículo, um Mercedes, estava estacionado em frente da popular casa noturna Tiger Tiger, próximo à Picadilly Circus. Por volta da 1h30, a polícia foi chamada por médicos de uma ambulância que atendiam uma emergência no local e viram fumaça saindo do interior do carro.
Duas horas depois, um segundo veículo, também um Mercedes, foi descoberto a poucas quadras dali, em West End região que abriga os principais teatros de Londres. Por estar parado em lugar proibido, ele foi rebocado para um estacionamento ao lado do Hyde Park. Funcionários do local chamaram a polícia após sentirem um forte cheiro de gasolina.
Os dois carros-bomba estavam carregados com galões de gás propano, gasolina e pregos que tornariam o ataque ainda mais devastador. Eles seriam detonados a distância, por um comando de celular. Autoridades disseram que a descoberta do segundo carro e o dispositivo a ser detonado por celular mostram que seria um ataque coordenado e sofisticado, possivelmente com ligações com a Al-Qaeda. O governo também está investigando possíveis ligações com terroristas estrangeiros, já que os carros-bomba eram semelhantes aos utilizados no Iraque.
Já havia temores que grupos terroristas ligados à Al-Qaeda estivessem planejando atacar casas noturnas, tidas por fundamentalistas islâmicos como um símbolo da decadência ocidental.
Até a noite de ontem, ninguém havia sido preso, mas autoridades britânicas lançaram uma grande operação de contra-terrorismo. Fontes da inteligência britânica informaram que o nível de ameaça terrorista foi elevado para "severo" o segundo mais alto na escala.
"Estamos enfrentando a mais séria e mais bem embasada ameaça terrorista à nossa segurança", disse Jacqui Smith, nova ministra do Interior do governo Gordon Brown, que tomou posse na quinta-feira.
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