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investigação

Polícia descobre nova arma em caso de promotor morto na Argentina

Quase três meses depois da morte do promotor argentino Alberto Nisman, foi descoberta uma nova arma, do mesmo calibre da que efetuou o disparo que o matou. O revólver foi recolhido pela polícia na casa da mãe de Nisman, Sara Garfunkel.

Nisman foi encontrado sem vida em janeiro, poucos dias depois de apresentar denúncia contra a presidente Cristina Kirchner. O promotor apareceu morto com um tiro na cabeça no banheiro de seu apartamento, em um caso ainda sem solução.

Em depoimento nesta terça-feira (14), ela informou a Promotoria que havia encontrado a arma há cerca de dez dias, em meio às coisas do promotor que lhe foram entregues pela Justiça e que estavam no escritório de Nisman.

Ela disse que se deparou com o revólver quando estava arrumando as coisas do filho, que estavam guardadas no baú de seu apartamento -um depósito que fica na garagem do edifício.

Ao ser informada, a promotora Viviana Fein mandou recolher o revólver na casa de Garfunkel. A arma, segundo a mãe de Nisman, estava dentro de um envelope, junto com a sua documentação. Nisman teria o porte desse revólver há 15 anos.

A descoberta volta a jogar o foco da suspeita sobre o técnico em informática Diego Lagomarsino, assistente de Nisman que admitiu ter emprestado a arma ao promotor.

Segundo sua versão, Nisman lhe pediu a arma porque não confiava em seus guarda-costas e dizia querer proteger sua família. Lagomarsino contou ainda que deu orientações a Nisman sobre como usar o revólver.

Perguntas

A suspeita que se levanta é por que Nisman precisaria aprender como manejar uma arma se tinha um revólver idêntico em seu poder? E por que teria pedido uma arma emprestada?

A ex-mulher do promotor, Sandra Arroyo Salgado, afirmou nesta quarta (15) que não sabia que Nisman tinha uma arma e que a descoberta “muda tudo” na investigação. Para ela, Nisman foi assassinado.

Já a promotora Viviana Fein fez uma avaliação distinta. Para ela, a arma descoberta será investigada, mas isso não altera o trabalho que está sendo feito.

“Será feita uma perícia rigorosa [na arma], mas não muda nada, porque temos que seguir investigando o que de fato ocorreu: se Nisman foi vítima de um suicídio, homicídio ou suicídio induzido”, afirmou ela em entrevista a uma rádio local.

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