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Mistério

Polícia diz não ter pista de libanês

Foz do Iguaçu – Policiais da fronteira do Brasil e Paraguai disseram estar sem pistas, até o início da noite de ontem, do comerciante Mohamad Barakat, 36 anos, proprietário de uma loja na Galeria Pagé, em Ciudad del Este. Ele teria sido seqüestrado no trajeto entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este na noite de terça-feira, após visitar familiares no lado brasileiro.

Diversas hipóteses chegaram a ser levantadas informalmente pela polícia ontem para explicar o caso. Uma delas trata da possibilidade de o desaparecimento do comerciante não estar relacionado a um seqüestro. A suspeita, que não é consenso entre os policiais, deve-se ao fato de Barakat estar sendo investigado pelos Estados Unidos pelo envio de dinheiro ao grupo xiita Hezbollah. Ele também pode ter sido vítima de uma guerra comercial travada entre árabes na fronteira.

Silêncio

Segundo o agente da Polícia Nacional do Paraguai, Augusto Lima, a família deixou de passar informações à polícia em busca de mais facilidade para negociar com os seqüestradores. O contato está sendo feito com Ahmad Fayez Barakat, 26 anos, irmão de Barakat, para quem foi feito o primeiro telefonema por celular, horas após o desaparecimento do comerciante, anunciando o pedido de resgate. Segundo a família, inicialmente os seqüestradores pediram US$ 3 milhões para libertar o comerciante.

A polícia soube do seqüestro de Barakat depois da família registrar o caso na delegacia de Ciudad del Este. O carro da vítima, uma caminhonete Kia, foi encontrado no quilômetro quatro da rodovia que liga Ciudad del Este a Assunção com as portas destrancadas e a chave colocada no banco do motorista.

Mohamad Barakat é primo de Assad Barakat, preso no ano de 2002 em Foz do Iguaçu. Assad foi transferido para Brasília e extraditato para Assunção, no Paraguai, onde cumpre pena até hoje por sonegação de impostos. Ele também é apontado pelos Estados Unidos por ser simpatizante e financiador do Hezbollah. Na loja de Assad, em Ciudadd el Este, a polícia encontrou fitas de vídeo e imagens de líderes do grupo xiita, que também é considerado um partido político no Líbano. Assad tem um irmão chamado Haten Barakat, também acusado por sonegação fiscal.

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