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Manifestantes se reúnem em frente ao parlamento canadense, em apoio ao “Comboio da Liberdade” organizado por caminhoneiros no país.
Manifestantes se reúnem em frente ao parlamento canadense, em apoio ao “Comboio da Liberdade” organizado por caminhoneiros no país.| Foto: Agência EFE

Doze manifestantes foram presos e 10 veículos foram rebocados pela polícia canadense durante a tentativa de desbloquear a Ambassador Bridge, na cidade de Windsor, na fronteira com os Estados Unidos neste domingo (13). A medida mais drástica foi tomada pelos policiais do Canadá contra os caminhoneiros que bloqueiam o tráfego entre os dois países no chamado “Comboio da Liberdade”.

Os protestos tiveram início em Ottawa, capital do Canadá, há pouco mais de duas semanas. O movimento é liderado por caminhoneiros que se opõem à obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 e à quarentena imposta aos motoristas que cruzam a fronteira com os EUA.

Em dias normais, a ponte é local de passagem diária de cargas que somam cerca de US$ 360 milhões. O montante representa um quarto do valor de todo o comércio realizado entre Estados Unidos e Canadá. Por isso, após as prisões, os policiais canadenses montaram barricadas de concreto para tentar impedir que os manifestantes ganhem acesso novamente ao local. Ainda assim, informou o jornal The Washington Post, nas imediações da Ambassador Bridge ainda havia pessoas protestando em apoio aos caminhoneiros.

O prefeito de Windsor, Drew Dilkens, afirmou mais cedo que o tráfego na região de fronteira só será reaberto quando “a polícia garantir a segurança para tal”, já que “a crise na região da ponte está perto do fim”. Mais cedo, a Casa Branca emitiu um comunicado pela conselheira de segurança nacional Elizabeth Sherwood-Randall, afirmando que “as autoridades canadenses têm a intenção de reabrir a ponte” neste domingo “assim que forem concluídos todos os procedimentos de segurança”.

Em Ottawa, manifestantes organizam atos contrários aos protestos dos caminhoneiros

Na capital canadense, grupos contrários ao “Comboio da Liberdade” começaram a se organizar para tentar impedir que mais veículos cheguem ao centro de Ottawa. Na última sexta-feira (11), o governo municipal fez um pedido na Justiça para os protestos sejam considerados ilegais. O pedido alega que os manifestantes estão fazendo muito barulho, acendendo fogueiras em locais proibidos, soltando fogos de artifício, ocupando ruas e se alojando em parques de forma irregular.

Na manhã deste domingo (13), um grupo de cerca de 20 pessoas ocupou um cruzamento de trânsito na área central de Ottawa e tentaram impedir o acesso de veículos ao local. O protesto rapidamente cresceu, e por volta do meio-dia já havia angariado cerca de 300 manifestantes. Entre eles havia cartazes pedindo para os caminhoneiros voltarem para casa.

“Nós temos que fazer alguma coisa para mostrar que não estamos felizes com a forma como nossa cidade foi abandonada pela polícia, pela administração municipal, pela província. É algo chocante. Em protestos anteriores, nós víamos a polícia fazer alguma coisa, e isso para mim é o que mais assusta. É muito difícil, porque seria algo simples de se evitar, e prevenir que tudo isso viesse a acontecer. Mas vamos seguir em frente, e espero que haja uma conversa muito séria da administração municipal com a polícia para evitar que coisas como estas nunca mais voltem a acontecer”, disse Greg Morrow, um dos manifestantes contrários ao protesto dos caminhoneiros, à emissora de TV canadense CBC.

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