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As forças militares do Egito fecharam neste sábado (29) o acesso para os turistas às pirâmides nas cercanias do Cairo, em meio à onda de protestos no país em favor da renúncia do presidente, Hosni Mubarak. Na sexta-feira (28), saqueadores entraram no Museu Egípcio durante os protestos e destruíram duas múmias faraônicas. O principal arqueólogo do país anunciou na televisão estatal a perda.

O museu no centro do Cairo, que tem a maior coleção mundial de antiguidades da época dos faraós, está próximo da sede do Partido Nacional Democrático, que comanda o governo. O prédio do partido foi incendiado pelos manifestantes.

"Lamentei profundamente quando cheguei ao Museu Egípcio pela manhã e descobri que algumas pessoas tentaram entrar no museu à força na noite passada", disse Zahi Hawass, presidente do Conselho Supremo de Antiguidades neste sábado (29).

"Cidadãos egípcios tentaram brecá-los e foram auxiliados pela polícia turística, mas alguns conseguiram entrar pela parte de cima e destruíram duas das múmias", disse. Ele afirmou que os saqueadores também arrombaram a bilheteria do museu.O edifício de dois andares, construído em 1902, abriga dezenas de milhares de objetos, incluindo a maior parte da coleção relacionada a Tutancâmon.

Edifícios, estátuas e até mesmo veículos de segurança também foram alvo de pichações contra Mubarak, incluindo frases como "Mubarak tem de cair", coberta nesta manhã por "Mubarak caiu". Com os protestos entrando no quinto dia, os militares estenderam um toque de recolher noturno imposto sexta-feira nas três principais cidades onde as demonstrações eram mais violentas - Cairo, Alexandria e Suez.

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