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O grupo que comandou o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, na quarta-feira, era composto por 15 colombianos e dois americanos de origem haitiana, afirmou o diretor da polícia do país, León Charles, em entrevista coletiva na noite desta quinta-feira (8), segundo noticiaram agências de notícias.
Os 17 suspeitos presos foram exibidos durante a coletiva de imprensa desta noite, sentados no chão e algemados, alguns ensanguentados. León Charles disse que três outros suspeitos foram mortos e oito fugiram; anteriormente, ele havia dito que quatro foram mortos. Sobre uma mesa estavam pelo menos dez passaportes colombianos, armas automáticas, serras e martelos, relatou o NY Times.
Um dos americanos, James Solages, supostamente era segurança na embaixada do Canadá em Porto Príncipe, segundo a Associated Press. As autoridades haitianas não deram detalhes sobre o histórico de Solages, o mais novo entre os detidos, com 35 anos, mas a AP afirmou que ele se apresenta como um "agente diplomata certificado" e defensor da infância, em um site de uma organização de caridade estabelecida em 2019 na Flórida.
Mais cedo, o diretor-geral da polícia, Léon Charles, disse que as forças de segurança já tinham sob custódia os autores materiais do assassinato e estavam em busca dos autores intelectuais.
A polícia também apreendeu cinco veículos do suposto grupo, mas três foram incendiados por civis, que nesta quinta-feira se concentraram em frente à delegacia de Pétion-Ville, em Porto Príncipe, com a intenção de linchar suspeitos. Civis também participaram das buscas e capturaram alguns dos suspeitos.
O assassinato de Moïse ocorreu na madrugada de quarta-feira, quando homens fortemente armados invadiram sua casa na capital haitiana. A primeira-dama Martine Moïse também foi baleada no atentado e está recebendo tratamento na Flórida.