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Manifestantes ajudam policial ferido durante protesto no Irã | Reuters
Manifestantes ajudam policial ferido durante protesto no Irã| Foto: Reuters

A polícia iraniana prendeu cerca de 300 pessoas durante um protesto contra o governo na capital do país, Teerã, neste domingo (27), segundo a TV estatal IRIB, que entrevistou oficiais. Quatro pessoas morreram quando os manifestantes que pedem reforma políticas se enfrentaram com forças de segurança do país, no que está sendo considerado o pior caso de confronto violento desde a controversa eleição de junho, quando o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito.

Um sobrinho do líder oposicionista iraniano Mirhossein Mousavi foi morto em confrontos entre manifestantes e forças de segurança, em Teerã, neste domingo, informou um assessor de Moussavi.

Mais cedo, o site oposicionista Jaras disse que quatro pessoas foram mortas no segundo dia de violência em Teerã durante um festival xiita. O chefe da polícia da capital negou a informação.

O site Parlemannews afirmou que Ali Moussavi, de 20 anos, foi morto neste domingo em confrontos e seu corpo foi levado a um hospital.

Segundo o site Jaras, os protestos foram estendidos a outras regiões do Irã, incluindo a cidade sagrada de Qom, mas essa informação não pôde ser independentemente confirmada.

Contexto

Os acontecimentos deste domingo agravam a crescente tensão na República Islâmica, seis meses depois de uma polêmica eleição presidencial ter gerado protestos e exposto as amplas divisões dentro dos poderes políticos e clericais.

O Jaras afirmou que a polícia matou três manifestantes no centro de Teerã. O site disse posteriormente que uma quarta vítima também morrera nos confrontos, mas não deu mais detalhes. "Três pessoas foram mortas e outras duas ficaram feridas quando a polícia abriu fogo contra os manifestantes", afirmou o site.

"Nós mataremos aqueles que mataram nossos irmãos", gritavam os manifestantes, segundo o Jaras.

As mortes deste domingo foram as primeiras em protestos de rua desde as extensas e violentas manifestações logo após as eleições, em junho, nas quais a oposição diz que morreram mais de 70 pessoas.

As autoridades oficiais estimaram o número de mortes em metade, incluindo situacionistas.

A Ashura deste ano, no domingo, coincidiu com o tradicional sétimo dia de luto pela morte do clérigo dissidente aiatolá Hossein Ali Montazeri, aos 87 anos, na cidade xiita de Qom. Patrono espiritual do movimento do líder oposicionista Mir Hossein Moussavi, ele foi um duro crítico das instituições clericais linha dura.

As revoltas ocorridas após as eleições foram as maiores nos 30 anos de história do Estado islâmico. As autoridades negam acusações da oposição de que o pleito foi fraudado.

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