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“Tomada de Lima”

Polícia e militares peruanos repelem ataque ao aeroporto de Arequipa

Protesto no aeroporto de Arequipa, Peru
Grupo de manifestantes marcha contra a presidente peruana Dina Boluarte no aeroporto de Arequipa, Peru, e é reprimido pela polícia. Os manifestantes defendem "tomar Lima". (Foto: EFE / Jose Sotomayor Jiménez)

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Policiais e militares peruanos repeliram nesta quinta-feira uma tentativa de tomar o aeroporto de Arequipa, a segunda cidade mais populosa do país, por manifestantes que exigiam a renúncia da presidente Dina Bolaurte, embora os confrontos continuem nos arredores.

Os confrontos entre policiais e militares e manifestantes duram várias horas e, segundo apurou a reportagem, um avião e veículos blindados das Forças Armadas participaram dos trabalhos de controle no aeroporto.

Por sua vez, o Ministério do Interior peruano informou no Twitter que a polícia “frustrou uma tentativa de tomada das instalações do aeroporto Alfredo Rodríguez Ballón”.

“A multidão que atacou as tropas destacadas no terminal aéreo foi repelida por meio da aplicação de protocolos institucionais", acrescentou.

Como resultado dos confrontos, vários manifestantes ficaram feridos, segundo constatou a reportagem, embora ainda não haja dados oficiais.

Os manifestantes destruíram várias cercas de segurança perto do aeroporto Alfredo Rodríguez Ballón, iniciaram pequenos incêndios e atiraram pedras contra os policiais.

Em resposta, a polícia disparou gás lacrimogêneo e projéteis para repelir esses atos.

Na manhã desta quinta-feira, o Ministério dos Transportes e Comunicações comunicou o fechamento do aeroporto "para salvaguardar a integridade dos cidadãos e a segurança das operações aeronáuticas", após os confrontos registrados no início do dia.

O aeroporto de Cuzco também suspendeu as operações devido aos protestos e a imprensa local relatou outra tentativa de ataque ao aeroporto de Juliaca, no sul do país.

Os protestos contra o governo somam 53 mortos desde o início de dezembro e para esta quinta-feira foi convocada a marcha pela “tomada de Lima”, onde centenas de peruanos chegaram de várias partes do país para exigir a renúncia de Boluarte, o fechamento do Congresso e a convocação de eleições antecipadas e de uma Assembleia Constituinte.

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