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França

Polícia é questionada pela demora em achar menina que ficou em meio a corpos

O promotor de Annecy, Eric Maillaud, tentou justificar a demora dos policiais para localizar a menina de quatro anos | AFP Photo/Jean-Pierre Clatot
O promotor de Annecy, Eric Maillaud, tentou justificar a demora dos policiais para localizar a menina de quatro anos (Foto: AFP Photo/Jean-Pierre Clatot)

A polícia francesa está sendo questionada pela demora em achar a menina britânica de 4 anos que ficou oito horas em meio aos corpos de familiares que foram vítimas de uma chacina nos Alpes franceses, ocorrida na quarta-feira (6).

A garota escapou da matança de três membros de sua família e um ciclista. Ela foi encontrada à meia-noite, dentro do carro BMW em que viajava com as outras três pessoas, muito provavelmente seu pai, sua mãe e sua avó, e que foram mortos na localidade de Chevaline, departamento da Alta Saboya.

"Ela permaneceu imóvel durante cerca de oito horas. Não conseguimos encontrá-la logo que tivemos acesso à cena do crime", explicou o promotor de Annecy, Eric Maillaud, referindo-se ao técnicos do Instituto de Investigação Criminal da Gendarmeria Nacional (IRCGN).

Segundo ele, a menina de 4 anos se escondeu sob as pernas das mulheres mortas durante todo o tempo em que ficou no carro, segundo um dos investigadores. "Ela estava totalmente invisível", insistiu Maillaud.

Esta declaração tenta responder de alguma maneira à polêmica causada pelas oito horas que a polícia levou entre a localização dos corpos e a descoberta da menina sobrevivente e escondida entre os cadáveres.

"Ela ficou evidentemente contente por estar nos braços dos investigadores. Foi hospitalizada numa clínica psiquiátrica infantil. O importante é protegê-la e apoiá-la", contou ainda o promotor.

A menina começou a falar e suas declarações serão divulgadas em breve, embora, segundo ele, não se possa esperar muita informação de uma criança de apenas 4 anos.

A outra menina, de 6 ou 7 anos, foi levada para o hospital de Grenoble com graves ferimentos. Na manhã desta quinta-feira (6), foi colocada em coma induzido e será submetida novamente a uma operação.

"Foram tomadas todas as precauções para que fiquem acompanhadas, sejam tratadas e protegidas nas melhores condições possíveis", explicou o promotor.

Além da França, a Grã-Bretanha amanheceu abalada com a tragédia.

"Tiroteio terrível e trágico na França", afirmou, no Twitter, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague. "A equipe da embaixada britânica está no local", acrescentou.

A imprensa britânica deu grande destaque ao caso. Os jornais The Independent e The Mirror falaram de um assalto a mão armada, enquanto que The Telegraph cogita uma chacina premeditada.

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