População protesta após ataque de bomba em frente à igreja| Foto: Reuters

O Egito prendeu mais sete pessoas suspeitas pelo atentado a bomba na noite de Ano Novo a uma igreja no norte de Alexandria e liberou outras dez, disse uma fonte de segurança neste domingo (2).

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Uma outra fonte disse que interrogatórios continuam sendo realizados sobre o ataque, que matou 21 pessoas do lado de fora de uma igreja durante a missa realizada à meia-noite. Segundo a fonte, "um número" de suspeitos foi detido e a maior parte deles foi mantida por pouco tempo antes de ser liberada.

O suposto homem-bomba feriu 97 pessoas no ataque, que levou centenas de cristãos em uma área de maioria mulçumana do Egito a protestar contra as autoridades pela falta de segurança.

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O Papa Bento 16 condenou o ataque neste domingo, classificando-o como "gesto vil", o maior em uma série de ataques contra cristãos no Oriente Médio e na África.

Oficiais egípcios disseram que não há indicações de "elementos estrangeiros" por trás da explosão e que o ataque parece ter sido originado por um suicida.

Um número extra de oficiais da polícia foi colocado do lado de fora das igrejas no Cairo e Alexandria neste domingo, evitando o estacionamento de carros na proximidade dos prédios, segundo testemunhas.

Um grupo iraquiano ligado à Al Qaeda ameaçou atacar uma igreja no Egito em novembro e um comunicado em um site islâmico, postado cerca de duas semanas antes da explosão em Alexandria, incitava muçulmanos a atacar igrejas no Egito e em outros lugares.

Uma fonte da força de segurança disse que sete pessoas foram presas, enquanto outras dez já foram liberadas após serem interrogadas. "Algumas pessoas estão sendo mantidas e investigadas. Isto é parte das investigações para revelar as misteriosas circunstâncias do incidente e dar mais informações", disse uma segunda fonte, que não quis informar onde os suspeitos estão sendo mantidos.

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O presidente Hosni Mubarak, 82, pediu para que os culpados sejam encontrados e apelou à união nacional, dizendo que o ataque foi dirigido a todos os egípcios, e não apenas aos cristãos.

Dezenas de cristãos reuniram-se em uma catedral neste domingo para pedir que o Estado e a igreja tomem iniciativas para protegê-los. Os cristãos respondem por 10 por cento da população egípcia de cerca de 79 milhões de pessoas.