Portugal reabre caso Madeleine McCann
Mais de seis anos após o desaparecimento da menina Madeleine McCann, o Ministério Público de Portugal ordenou à polícia para que reabra a investigação sobre o caso após encontrar novas evidências. Assessores do procurador-geral do Ministério Público não foram encontrados para comentar o assunto. A investigação ocorre sob sigilo judicial.
Os pais de Madeleine, Kate McCann e Gerry McCann, mantiveram, durante todo esse tempo, sua campanha para que a investigação em Portugal continuasse. Em entrevista concedida ontem, eles disseram que estavam "muito satisfeitos com a decisão". "Esperamos que agora, finalmente, a Madeleine seja encontrada e que descubram o responsável por esse crime", disseram.
Mistério
Madeleine desapareceu pouco antes do seu quarto aniversário. A polícia portuguesa decidiu encerrar o caso em 2008, após as autoridades não detectarem nenhum crime. Em março de 2011, uma equipe de detetives da cidade do Porto, que não esteve envolvida no inquérito inicial, começou a rever as provas.
Agência Estado
A polícia búlgara encontrou os pais biológicos da menina conhecida como Maria, que foi achada há uma semana em um acampamento de ciganos na cidade grega de Farsala, de acordo com relatos da imprensa local.
A suposta mãe, Sasha Ruseva, de 35 anos, foi encontrada em Nikolaevo, no centro da Bulgária. Agora, as autoridades aguardam o resultado de um exame de DNA para comprovar se ela é realmente a genitora do "anjo loiro", como a menina ficou conhecida.
Acredita-se que Ruseva tenha dado à luz em Lamia, cidade a uma hora de distância do acampamento em que Maria foi encontrada. De acordo com Anguel, cunhado de Sasha, ela tinha "abandonado a criança na Grécia por não ter dinheiro nem carteira de identidade". Isus, 15 anos, filho de Sasha, afirmou que sua mãe havia deixado Maria porque não tinha dinheiro para voltar da Grécia.
Sem sequestro
As afirmações corroboram a versão de Christos Salis, 39, e Eleftheria Dimopoulou, 41, com quem Maria foi encontrada. Em depoimento de cinco horas, ele negaram sequestro e disseram que receberam a menina de uma mulher búlgara.
Em entrevista à agência de notícias "Vsekiden", Sasha confirmou que deixou uma filha na Grécia, porém não deu mais detalhes. "Isto faz muito tempo", afirmou a mulher ao insistir que sua filha "não foi vendida, mas dada".