Milhares de manifestantes contrários ao governo do Irã foram às ruas neste domingo, caminhando em direção a prédios oficiais, entre eles a sede da rede nacional de televisão Seda - considerada uma porta-voz do regime -, enquanto pediam "morte ao ditador". Segundo testemunhas, já houve confrontos entre os participantes do protesto e as forças de segurança e pelo menos 15 pessoas foram presas.
A tensão e a violência devem crescer conforme o número de pessoas nas ruas cresce e a noite cai. Os serviços de telefonia móvel estão fora do ar na maior parte dos bairros de Teerã e a velocidade da Internet caiu. Membros da oposição iraniana convocaram os manifestantes por websites alguns dias antes.
O governo do Irã alertou que não permitiria reuniões ilegais. A agência de notícias estatal Fars, afiliada à Guarda Revolucionária iraniana, alertou o público que os protestos de hoje seriam sangrentos porque os opositores do governo "pretendem atirar nas pessoas", algo que foi interpretado pelos manifestantes como um sinal de que haverá repressão violenta dos protestos.
Este domingo é o sétimo dia de luto pela morte de dois estudantes - Sanah Jaleh, 26, e Mohamad Mokhtari, 22 - que foram mortos após uma multidão ter sido atacada pelas forças de segurança. O descontentamento da população com o fato fortaleceu a oposição e ajudou a dar mais volume aos protestos.
"O sistema que governa o Irã no momento não é muçulmano nem é uma República. A República Islâmica já entrou em colapso nas mãos desse regime", disse Mehdi Karoubi, um dos líderes da oposição, na sexta-feira, numa das críticas mais duras feitas ao governo. Ele foi colocado em prisão domiciliar nesta semana. As informações são da Dow Jones.
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