A Guarda Civil espanhola disse na quarta-feira que recebeu ameaças sobre a presença de bombas em rodovias na região de Valência (leste).
A Polícia Nacional afirmou estar investigando notícias de que o grupo separatista basco ETA reivindicara a autoria dos eventuais atentados. Já o Ministério do Interior disse que não confirmaria nenhuma notícia.
O jornal El Público disse em seu site que quatro bombas, de propriedade reivindicada pelo ETA, foram colocadas em estradas valencianas. O diário chegou a dizer que uma delas explodiu, mas depois retificou a informação.
O ETA já matou mais de 850 pessoas desde que lançou, no final da década de 1960, sua campanha pela separação do País Basco, região que fica entre o norte da Espanha e o sudoeste da França.
Os rebeldes não cometem assassinatos desde julho, quando uma bomba matou dois policiais na ilha de Maiorca.
O jornal basco Gara, habitualmente usado pelo ETA para seus alertas sobre bombas, disse à Reuters que não recebeu qualquer notificação do grupo. Órgãos públicos valencianos também disseram não ter qualquer informação.
O governo espanhol acredita que o ETA ficou seriamente enfraquecido por causa das centenas de prisões dos últimos anos, o que decorre da maior cooperação com as autoridades de França e Portugal, lugar onde os "etarras" costumam se esconder.
O principal líder do ETA, Ibon Gogeascoechea, foi preso em fevereiro numa operação conjunta franco-espanhola no norte da França, junto com dois outros dirigentes. Gogeascoechea era acusado de ter planejado a morte do rei da Espanha, Juan Carlos I, em 1997.
A notícia sobre as bombas em Valência não afetaram a Bolsa espanhola, que às 14h25 (9h25 em Brasília) operava em baixa de 0,28%.
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