Autoridades da França, Bélgica, Alemanha e Irlanda prenderam mais de duas dezenas de pessoas em ações antiterroristas nesta sexta-feira. As prisões acontecem no momento em que esses países correm para evitar um possível novo ataque como o da semana passada, em Paris.
Policiais franceses e alemães prenderam ao menos 14 pessoas suspeitas de envolvimento com o grupo extremista Estado Islâmico. A França também prendeu outros dois suspeitos de envolvimento com grupos extremistas.
Na Bélgica, a polícia prendeu outros 13 suspeitos nesta sexta-feira, depois que uma operação antiterrorista acabou em duas mortes e um ferido no final da tarde de ontem na cidade de Verviers. De acordo com o promotor Eric Van der Sypt, os três envolvidos no incidente de Verviers planejavam um ataque iminente contra policiais. "Eu não posso confirmar se nós prendemos todos os envolvidos deste grupo", disse o magistrado.
De acordo com Peter Neumann, do Centro Internacional de Estudos sobre a Radicalização, cerca de 450 pessoas deixaram a Bélgica para lutar junto das fileiras de radicais islâmicos na Síria. Cerca de 150 deles voltaram ao país.
Na Irlanda, a polícia prendeu um homem de origem franco-argelina no aeroporto de Dublin quando ele tentava entrar no país usando um passaporte falso. Autoridades afirmaram que o indivíduo entrou na lista de suspeitos depois de expressar seu apoio aos ataques da semana passada nas mídias sociais.
Em Berlim, a polícia prendeu dois homens na manhã de sexta-feira acusados de recrutar pessoas para lutar pelo Estado Islâmico na Síria. Promotores também afirmaram ter ordenado mandados de busca em onze casas como parte de uma investigação sobre extremistas turcos.
As operações francesas e belgas também encontraram quatro armas militares, incluindo fuzis Kalashnikov, e diversos uniformes policiais, afirmou Van de Sypt, que acrescentou que todos os detidos ou mortos nas operções desta semana eram belgas que haviam retornado da Síria. De acordo com autoridades desses dois países, não há ligação entre o que aconteceu na Bélgica e o que aconteceu na França.
Segundo Rob Wainwright, chefe da Europol, evitar novos ataques se tornou "extremamente difícil" porque os extremistas muçulmanos na Europa, estimados entre 2,5 mil e 5 mil, não integram uma grande estrutura grande de comando e estão cada vez mais sofisticados.
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