Paris - Um suposto chefe militar do grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), Mikel de Garikoitz Aspiazu Rubina, codinome Txeroki, foi preso na noite do domingo nos Pireneus franceses, informou, em um comunicado de ontem, a ministra do Interior da França, Michele Alliot-Marie.
A ministra disse que Txeroki é suspeito de ser o responsável pelo assassinato de dois oficiais da polícia espanhola, no sul da França, em dezembro do ano passado. Txeroki foi detido em uma operação conjunta das polícias francesa e espanhola. O suspeito, de 35 anos, foi preso em Cauterets, cidade próxima da fronteira com a Espanha. Ele é acusado de comandar algumas das unidades do ETA. No esconderijo de Txeroki foram encontrados uma arma, documentos e um computador. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, elogiou a prisão, apontando-a como fruto da cooperação entre as políticas francesa e espanhola.
O primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodríguez Zapatero, disse que Texroki foi o chefe operacional das unidades de ataque a bomba do ETA durante vários anos.
"Com essa detenção o ETA sofreu um golpe severo na sua organização e capacidade. Hoje, o ETA é fraco", disse Zapatero em entrevista na capital espanhola.
Procurado
Txeroki foi apontado pela mídia espanhola como um dos mais procurados membros do ETA. Segundo esses relatos, trata-se de um linha-dura, contrário ao cessar-fogo declarado pelo grupo em março de 2006 e às conversas de paz com o governo do primeiro-ministro Zapatero.
O ETA encerrou o cessar-fogo em dezembro de 2006, após as negociações fracassarem, detonando um carro-bomba no aeroporto de Barajas, em Madri. O atentado deixou dois mortos.
O grupo separatista basco quer criar um território independente no norte da Espanha e sudoeste da França, desde os anos 1960. A violência do ETA já matou mais de 800 pessoas.
Após o anúncio da prisão de dois militantes do ETA, na semana passada, o Ministério do Interior francês afirmou que 31 supostos membros do grupo foram presos na França neste ano.
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