A polícia universitária de Berkeley, na Califórnia, precisou interromper um evento de estudantes judeus após o início de uma confusão envolvendo cerca de 200 manifestantes pró-Palestina. O caso foi noticiado na imprensa americana nesta quarta-feira (28).
Segundo o jornal Los Angeles Times, o grupo que invadiu o evento arrombou uma das portas do prédio e quebrou uma das janelas, enquanto seguravam cartazes com a mensagem “parem o genocídio” e gritavam “Viva a Intifada”, conforme mostraram vídeos publicados nas redes sociais.
Funcionários da universidade classificaram o episódio como “terrível” e informaram que a polícia teve que cancelar o evento e escoltar os estudantes judeus para um local seguro devido à ameaça de escalada da violência. “Tivemos que escolher entre fazer o que era necessário para permitir que o evento continuasse ou proteger as pessoas no edifício”, disse Dan Mogulof, porta-voz da renomada instituição.
A administradora acadêmica da UC Berkeley, Carol Christ, e o reitor Benjamin E. Hermalin chamaram o incidente de “um ataque aos valores fundamentais da universidade”.
O principal orador do evento foi Ran Bar-Yoshafat, advogado israelense e ex-membro das Forças de Defesa de Israel (IDF). O encontro foi organizado pelo Students Support Israel em Berkeley e Berkeley Tikvah, de acordo com o Daily Californian, jornal estudantil da instituição.
Desde o massacre do dia 7 de outubro, perpetrado pelo grupo terrorista palestino Hamas, os episódios de violência e protestos contra Israel aumentaram significativamente nos Estados Unidos, em especial nas universidades, por meio de movimentos estudantis que têm organizado manifestações pró-Palestina e boicotado eventos como o de Berkeley.