Cerca de mil policiais antimotim atiraram bombas de gás invadiram uma cidade perto da Cidade do México nesta quinta-feira para tentar libertar agentes que foram feitos reféns durante uma revolta iniciada por comerciantes de flores que deixou pelo menos um morto.
Imagens da televisão nacional mostraram a polícia entrando em San Salvador Atenco, a 24km ao Norte da capital.
A violência explodiu na quarta-feira, quando os policiais prenderam alguns vendedores suspeitos de venda ilegal. Dezenas foram presos mais tarde.
Um menino de 14 anos foi morto no confronto, e alguns relatos, negados pelo governo, dizem que um policial também morreu.
Cinqüenta policiais ficaram feridos, 11 dos quais estão em estado grave, segundo disse o governador do estado, Enrique Pena Nieto.
Durante o caos, manifestantes encurralaram 11 policiais e os fizeram reféns. Alguns foram libertados nas primeiras horas desta quinta-feira; há relatos de que seis deles ainda não foram encontrados.
Na quinta-feira, a polícia, apoiada por helicópteros, sobrevoou barricadas montadas pelos manifestantes, que exigem a libertação dos vendedores de flores.
A velocidade, o tamanho e o horário da operação pareceram ter tomado a cidade de surpresa, e a resistência foi limitada a pequenos grupos atirando coquetéis Molotov.
Os policiais invadiram casas para tentar prender líderes dos protestos.
A rebelião foi a mais recente erupção de violência a atingir o México, às vésperas da eleição presidencial de 2 de julho.
Violência ligada ao tráfico de drogas se espalhou a cidades turísticas como Acapulco. Duas pessoas foram mortas em abril quando policiais tentaram interromper uma paralisação de trabalhadores do setor siderúrgico.
O porta-voz do presidente Vicente Fox, Ruben Aguilar, disse aos jornalistas nesta quinta-feira que a violência em Atenco é fruto de um pequeno grupo e que não há crise de governabilidade na área.