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Policiais israelenses entraram no complexo da mesquita de Al-Aqsa, na cidade velha de Jerusalém, e dispararam bombas de efeito moral e balas de borracha contra uma grande grupo de manifestantes muçulmanos, logo após as tradicionais orações de sexta-feira. Os fiéis realizavam um protesto contra obras de Israel nas proximidades do templo, o terceiro mais sagrado para os muçulmanos. A administração israelense planeja reformar uma rampa de acesso à mesquita. ( Clique aqui para ver imagens do conflito )

Segundo a versão oficial, os disparos foram feitos após os policiais terem sido atingidos por pedras lançadas por manifestantes.

Imagens da TV CNN mostraram fiéis sendo levados de ambulância do local, que fica colado ao Muro das Lamentações, histórica edificação também considerada sagrada pelos judeus. Uma testemunha dos choques disse à emissora que a maioria dos fiéis no interior do complexo islâmico era composta por idosos.

O líder do Movimento Islâmico em Israel, xeque Raed Salah, incentivou, nesta sexta-feira, na cidade Nazaré, que milhares de manifestantes muçulmanos se desloquem, no sábado, para Jerusalém, a fim de renovar os protestos contra o projeto de reforma.

Em um manifesto que reuniu cerca de 10 mil pessoas na cidade cisjordana, Salah se dirigiu ao premier israelense, Ehud Olmert:

- Você está brincando com fogo, e todos que brincam com fogo acabam se queimando. Sua obra acabará danificando Al-Aqsa, e destruiremos a casa de quem destruir Al-Aqsa.

A mesquita de Al-Aqsa marcou, em setembro de 2000, o início da mais recente Intifada palestina contra a ocupação israelense de seus territórios. Nessa data, Ariel Sharon, então líder máximo da oposição direitista de Israel, visitou o local, revoltando fiéis.

Em caso de distúrbios, como os provocados pela visita de Sharon e os desta sexta-feira, é a polícia israelense - e somente ela - quem pode agir no local. Os palestinos lutam há décadas por poderes para fazer cumprir a lei civil muçulmana na área de seu santuário.

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