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A polícia de Israel interrogou nesta terça-feira o primeiro-ministro do país Ehud Olmert por causa de suspeitas de corrupção. Ao mesmo tempo, o premier parece ter conseguido ganhar terreno em um inquérito sobre a guerra do Líbano, que será definitivo para seu futuro político e para as negociações de paz com os palestinos.

Os jornais locais dizem que uma comissão que examina a guerra de 2006 no Líbano, conflito visto por muitos israelenses como um erro, decidiu não pedir a renúncia de Olmert, apesar das críticas feitas em um relatório preliminar de abril à sua decisão de iniciar a ação militar.

"Não seria nosso dever oferecer uma conclusão política, que determina se o primeiro-ministro é adequado para servir em sua posição", disse a Comissão Winograd, formada pelo governo, segundo o jornal "Haaretz".

"Nenhuma cabeça vai rolar", foi a manchete do jornal mais popular de Israel, o "Yedioth Ahronoth", um dia depois de Olmert, 62 anos, dizer ao Parlamento que está disposto a retomar o processo de paz com os palestinos.

Questionado sobre os relatos na imprensa, um porta-voz da Comissão Winograd disse que seus cinco integrantes não divulgaram declarações recentemente. Espera-se que o grupo publique suas conclusões definitivas em dezembro.

Na casa de Olmert, a polícia o interrogou por suspeitas de que ele tenha tentado em 2005, quando era ministro das Finanças, moldar uma oferta de venda para o banco estatal Leumi para favorecer um amigo, que acabou nunca formalizando a proposta pelo segundo maior banco de Israel.

Olmet nega qualquer irregularidade no caso. Ele está sob outra investigação criminal, que ele descreveu como "desnecessária", sobre acusações de que prestou favores em troca de desconto na compra de uma casa em Jerusalém em 2004. A imprensa diz que a casa, adquirida por US$ 1,2 milhão, valeria US$ 320 mil a mais.

O Ministério Público também cogita investigar Olmert pela suspeita de que em 2003, como ministro do Comércio, nomeou pessoas ligadas a ele para uma agência do governo e ajudou a garantir verbas para uma fábrica representada por seu ex-sócio num escritório de advocacia.

Olmert qualifica as acusações como infundadas.

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